Biblioteca do TRT2 se aproxima das equipes do Tribunal e aumenta visibilidade

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Adriana Bósio (esq.) e Denise Alcântara atuam no projeto A Biblioteca vai ao TRT2. Fotos: Arquivo pessoal
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O ano era 2018. A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT 2) estava completando 25 anos. E servidoras e servidores da Biblioteca, uma das unidades da Escola, queriam comemorar em grande estilo, aproveitando a data para contar os serviços disponíveis para que as equipes do TRT2 pudessem aprimorar suas atividades diárias.

A equipe resolveu visitar todos os setores administrativos, Varas e gabinetes do Tribunal para divulgar os serviços do espaço. Nessas visitas, apresentavam o enorme acervo on-line disponível parta consulta, com livros e revistas da área jurídica, e outras iniciativas. E assim surgiu o projeto “A Biblioteca vai ao TRT2”, que recentemente foi aprovado pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para compor o Portal de Boas Práticas do Poder Judiciário.

O processo tinha a intenção de visitar todas as unidades do tribunal. E quase conseguiu, não fosse a pandemia. Iniciado em setembro de 2018, funcionou até março de 2020, mas precisou ser paralisado em respeito às regras de prevenção elaboradas com a chegada da Covid-19. E os resultados vieram. Foram 320 novos cadastros e 325 atualizações de cadastros de servidores e servidoras na Biblioteca, que passaram a conhecer melhor o espaço reservado aos estudos e aos livros.

De acordo com a técnica judiciária e assistente-chefe da Seção de Informação Referencial, que faz a gestão da Biblioteca, Denise Alcantara, o objetivo é retomar o projeto assim que possível. “A gente espera que as pessoas voltem para suas Varas de Trabalho para, com toda certeza, visitar as lotações que ficaram faltando”, conta. Ela lembra que as visitas eram muito bem vistas pelos servidores e servidoras. “Me lembro quando falaram que o nosso projeto era o melhor de todo o Tribunal. Eu fiquei muito feliz.”

Nas visitas, as bibliotecárias levam uma pequena estante móvel com livros, que permitem empréstimos no local. Ao final da apresentação, as equipes são convidadas a procurar na estante títulos que lhes interessem. O que rendeu mais trabalho, que é comemorado. “Era aquele serviço bom de chegar de uma apresentação e ir fazer inscrições de servidores no nosso sistema e enviar malotes de livros que eles pediam”, recorda Denise.

O projeto compreendeu oito prédios na capital (TRT, Fórum Ruy Barbosa, Fórum Zona Leste, Fórum Zona Sul, Unidade Rio Branco, Un. Adm. I, II, III) e em 16 outros municípios do estado. Em 2018, foram 132 apresentações e, no ano seguinte, em ritmo acelerado, foram 225 exposições até agosto.

Denise Alcantara explica que o principal objetivo do projeto era mostrar que a biblioteca é mais que um espaço para guardar livros. “Além do espaço virtual, a gente relembrava do espaço oferecido para empréstimo de títulos, sala de leitura e envio de malotes para todo o tribunal.”

Conhecer o público

Sair da Biblioteca e ir ao encontro das pessoas que a utilizam permitiu com que as bibliotecárias conhecessem melhor seu público. Para a analista judiciária com especialidade em Biblioteconomia, Adriana Bósio, esse foi o principal benefício do projeto. “Esse foi um dos maiores ganhos, conhecer o nosso público. Saber o que ele pensa, quais as dúvidas que ele tem. Essa foi umas das maiores conquistas.”

Outro benefício foi mostrar às equipes do TRT2 que os recursos financeiros estavam sendo bem aplicados na Biblioteca, que fica sediada na Barra Fundo, na cidade de São Paulo (SP). “A gente compra plataformas tecnológicas, livros e revistas eletrônicas e paga por isso. Então mostrar esse investimento é importante”, explica. E destaca que o resultado esperado é o aperfeiçoamento das atividades diárias de cada profissional do TRT2. “O investimento na biblioteca é para melhorar votos, decisões de magistrados e investir no crescimento profissional do servidor.”

Com as atividades paralisadas, todo o investimento em tecnologia se pagou. “Com todos em casa, as plataformas digitais foram a nossa salvação”, comemora Adriana Bósio. No fim do ano passado, com o fim da primeira onda, algumas regras se afrouxaram e foi possível reabrir a biblioteca, mesmo com a equipe desfalcada. Dos oito funcionários, apenas três podiam trabalhar presencialmente durante a pandemia.

Adriana explica que o projeto só é possível graças ao tamanho da equipe da Biblioteca. E afirma que o programa é perfeitamente possível em outros grandes tribunais de médio e grande porte. “Em estados com grandes tribunais, as equipes são maiores e fica bem mais fácil pôr em prática essas visitas. Já nos tribunais menores a dificuldade provavelmente vai estar na quantidade de pessoal para visitar as lotações.”

Saiba mais sobre A Biblioteca vai ao TRT2 no Portal de Boas Práticas do Judiciário

João Carlos Teles
(sob supervisão de Márcio Leal)
Agência CNJ de Notícias

Essa matéria faz parte de um especial do CNJ que vai apresentar as três boas práticas aprovadas na 334ª Sessão Ordinária do Plenário, em 29 de junho. As práticas A Biblioteca vai ao TRT2, Espaço de Trabalho Compartilhado (Coworking) e Projeto de Digitalização do Acervo de Recursos Físicos (Prodarf) servem para aprimorar os serviços do Judiciário e podem ser replicados por outros tribunais em todo o país.