Projeto ensina empreendedorismo para adolescentes que vivem em abrigos

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Quando um jovem morador de uma instituição de acolhimento atinge os 18 anos, ele é desligado deste abrigo e passa a viver por conta própria. Com baixa escolaridade e baixa qualificação profissional, o futuro dele se torna incerto. Um casal do Rio de Janeiro se dispôs a mudar a realidade desses adolescentes oferecendo uma oportunidade de capacitação em empreendedorismo.

O projeto chamado “Adotei adolescentes: talentos, empreendedorismo e inovação” foi um dos finalistas do Prêmio Innovare 2017. “A nossa ideia é mostrar para o jovem que ele pode ser dono do seu próprio negócio e ajudá-lo a se posicionar no mercado e obter uma renda sem necessariamente depender de um emprego formal”, explicou Joao Luiz Ponce Maia, criador e coordenador do projeto, que começou em 2016.

O curso de capacitação é dividido em três fases: preparar, criar e crescer. Na fase de preparação, a equipe ajuda o adolescente a identificar uma área de afinidade. “Gastronomia, Design, Moda e Fotografia estão entre os preferidos dos jovens”, contou Maia. Na segunda fase, o grupo modela a estrutura do negócio e, na fase três, acontece o lançamento oficial do empreendimento junto com a monitoria do empreendimento.

“O nosso maior desafio é manter o jovem no abrigo até o final do curso, pois muitos saem antes dos 18 anos e se sair, não pode participar mais da capacitação”, disse o coordenador do projeto. Por enquanto apenas seis adolescentes concluíram o programa. No entanto, para 2018, cerca de 20 já estão inscritos para as aulas, que começarão em fevereiro em São Paulo, graças a uma parceria com a Vara da Infância e da Juventude de São Miguel, em São Paulo.

Innovare

O prêmio Innovare é realizado pelo Instituto Innovare, Ministério da Justiça, associações jurídicas e conta com o apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Criado em 2004, ele tem como objetivo identificar as boas ideias encontradas e desenvolvidas no sistema de Justiça brasileiro e que possam ser aplicadas em outras localidades.

Ações desenvolvidas por qualquer pessoa e que contribuam com a melhoria da educação, saúde, esporte e cultura ou outras áreas também podem concorrer. Todas as práticas inscritas desde a primeira edição do Prêmio estão disponíveis para pesquisa gratuita no site da instituição (www.premioinnovare.com.br) ou na fanpage no Facebook (www.facebook.com/institutoinnovare).

 

Paula Andrade

Agência CNJ de Notícia