Mulheres ganham espaço de escuta e acolhimento no Tribunal Regional do Trabalho capixaba

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Foto: Bárbara Almeida
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O som das xícaras se misturava às conversas na tarde desta quarta-feira, 28 de maio, na sala da Ouvidoria do Tribunal Regional do Trabalho da 17.ª Região (ES). Foi ali, no 10.º andar do edifício-sede, que aconteceu a primeira edição do Café com a Ouvidora da Mulher. Um encontro para abrir espaço à escuta, ao acolhimento e ao fortalecimento de vínculos entre mulheres que vivem, de formas distintas, o universo da Justiça do Trabalho.

A iniciativa da desembargadora Wanda Lúcia Costa Leite França Decuzzi surgiu do compromisso de tornar a Ouvidoria da Mulher um canal de escuta qualificada e reflexão sobre questões relacionadas à igualdade de gênero, à participação feminina e ao enfrentamento à violência contra a mulher, no âmbito do Judiciário trabalhista capixaba.

Escuta ativa e compromisso com o sigilo  

Para a desembargadora Wanda, o primeiro encontro foi uma experiência maravilhosa. Para ela, a oportunidade de poder ouvir as demandas das mulheres que transitam pelo Tribunal reforçou a importância de oferecer um olhar atento para questões que, muitas vezes, não encontram espaço formal para serem ditas.

“As advogadas trouxeram relatos importantes e que precisam desse acolhimento. É essencial termos um espaço seguro, com escuta ativa e sigilo”, destacou. Ela também fez um convite: “Senti falta da participação das servidoras do Tribunal. Espero que, no próximo café, mais pessoas se juntem a nós. O espaço está aberto”.

Um espaço de acolhimento e fortalecimento feminino 

A escuta como forma de cuidado foi o tom do encontro segundo a corregedora-geral da OAB-ES, Camila Brunhara Biazati Helal. Ela elogiou a iniciativa e disse que a criação de um espaço seguro para mulheres compartilharem questões sensíveis e próprias do universo feminino no Judiciário é essencial. “Saber que temos a quem recorrer, que há pessoas prontas para nos ouvir, nos conforta. Essa aproximação é reconfortante e necessária”, refletiu.

Representantes da Associação das Advogadas e Advogados Trabalhistas do Espírito Santo (Aesat) também marcaram presença. Para Eliza Thomaz, a ação representa um passo importante para o acolhimento das mulheres advogadas e das jurisdicionadas. Ela reforçou o apoio da Aesat à iniciativa e destacou o papel do Tribunal como agente de transformação: “Estamos juntas nesse esforço para que as vozes femininas sejam ouvidas”.

Compromisso da Justiça do Trabalho com a equidade 

Além de promover o diálogo, o encontro também serviu para contextualizar a importância de instrumentos como os Protocolos para Atuação e Julgamento na Justiça do Trabalho com Perspectiva Antidiscriminatória, Interseccional e Inclusiva. Esses documentos oferecem diretrizes para o enfrentamento das desigualdades de gênero, raça e outras interseccionalidades, com foco no respeito à dignidade humana e na promoção de um ambiente mais justo e inclusivo.

Um convite ao diálogo

Ao final do café, ficou o convite da ouvidora da mulher para que mais mulheres participem dos próximos encontros. O espaço é seguro, o diálogo é necessário e o acolhimento é uma construção coletiva.

Fonte: TRT-17

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