A criação de um sistema nacional de análise inteligente das demandas do Judiciário começou a ser discutida entre técnicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de tribunais parceiros nesta terça-feira (15/7). A ideia é identificar o perfil dessas demandas no Poder Judiciário e, com isso, auxiliar os juízes na identificação de prevenção, identificação de demandas estruturais e, inclusive, demandas predatórias e abusivas, apontando suas causas e formas de tratá-las ou preveni-las.

A Oficina de Levantamento de Requisitos para o Sistema contou com a participação dos tribunais de justiça de Pernambuco (TJPE), de Goiás (TJGO) e do Maranhão (TJMA). Esses órgãos já possuem sistemas consolidados de identificação de demandas abusivas, que poderão proporcionar uma base sólida para o desenvolvimento de um sistema nacional que conecte todos os tribunais e simplifique a busca por casos e padrões similares.
Segundo a coordenadora do Laboratório de Inovação, Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Liods), conselheira do CNJ Daniela Madeira, serão usados para essa construção, já dentro da Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ-Br), os dados, via Codex, com atualização em tempo real. “Queremos montar um grande hub, no qual tribunais e magistrados poderão pesquisar seus respectivos acervos e verificar as demandas de massa e as abusivas, para dar tratamento adequado a elas”, explicou.
Durante a reunião, Daniela Madeira realçou a importância da implementação da análise do perfil das demandas do Poder Judiciário para compreender, identificar e monitorar as ações judiciais e auxiliar a magistratura na prestação jurisdicional.
Agência CNJ de Notícias