Magistradas e magistrados trocarão as salas de audiência por salas de aula durante um dia, em diálogos com estudantes do ensino médio. Essa é a proposta do projeto “Diálogos com as Juventudes”, que busca aproximar o Judiciário das jovens e dos jovens brasileiros.
A iniciativa será lançada nesta segunda-feira (18/8), pelo ministro Luís Roberto Barroso, em Cuiabá. Em visita à Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Müller, Barroso anunciará a iniciativa em uma conversa com os estudantes, sob o tema: Como Fazer a Diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo.
A escola cuiabana também será a primeira de uma série de 10 instituições de ensino, distribuídas pelas cinco diferentes regiões do país, a receber as oficinas conduzidas por magistradas e magistrados. A juíza Jaqueline Cherulli, presidente da Associação Mato-Grossense de Magistrados (AMAM), mediará a atividade na próxima terça-feira, 19.
Durante os encontros, serão abordados temas como: equidade e diversidade étnico-racial; cidadania digital; justiça territorial e climática; e arte, cultura e direitos humanos. As atividades contarão ainda com o apoio de materiais pedagógicos, como cartilhas temáticas, desenvolvidas especialmente para o projeto.
“A Justiça precisa estar onde o futuro acontece, e o futuro está nas escolas, com as nossas crianças e juventudes. Esse projeto é um convite ao diálogo, à escuta ativa e à construção conjunta de futuros mais justos por meio da educação para a cidadania. Ao abrir espaço para que jovens dialoguem com o Judiciário, ensinamos, mas também aprendemos com cada encontro”, afirma a secretária-geral do CNJ, Adriana Cruz.
O projeto integra as ações do Programa Justiça Plural, uma parceria de cooperação internacional entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Além disso, conta com apoio técnico da organização social Viração Educomunicação.
Em caráter piloto, o Diálogos com as Juventudes prevê a sistematização das metodologias aplicadas, com o objetivo de aprimorar, replicar e ampliar as ações desenvolvidas. A iniciativa busca promover a cidadania de adolescentes e jovens, fortalecendo seu acesso à Justiça por meio do diálogo com atores do Poder Judiciário e da formação em Direitos Humanos.
Programa Justiça Plural
O programa Justiça Plural, iniciativa do CNJ em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), busca fortalecer as capacidades do Poder Judiciário na promoção dos direitos humanos e socioambientais e na ampliação do acesso à Justiça por populações estruturalmente vulnerabilizadas.
Texto: Jéssica Chiareli
Edição: Sâmia Bechelane
Agência CNJ de Notícias