Revista em escolas ajuda a prevenir violência

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Projeto Minha Escola, Meu Refúgio faz visitas a escolas da rede pública de ensino. FOTO: Érika Nunes
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O projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, da 1ª Vara de Crimes Contra Crianças e Adolescentes do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), criou um novo canal de comunicação com os profissionais de educação. Nesta quarta-feira (5), lançou uma revista de história em quadrinhos que permitirá o acesso mais amplo de professores e demais profissionais que atuam nas escolas às noções sobre abuso e exploração sexual infantil.

Desenvolvida pela equipe multidisciplinar da vara, a publicação orienta sobre os procedimentos a serem adotados ao perceber comportamentos estranhos em criança, como isolamento, tristeza, vergonha ou comportamento sexual inadequado. A revista reforça a importância de que a abordagem e a escuta sejam cercadas de cuidados para não revitimizar a crianças.

Por meio da publicação, o projeto “Minha Escola, Meu Refúgio” recomenda a formação de uma equipe de professores e a escolha de um deles para conversar com a criança com a participação de alguém da família que desfrute da confiança dela. Depois de apurado e confirmado, o caso deve ser encaminhado pelos profissionais da escola ao Conselho Tutelar local.

As ações do projeto idealizado pela juíza titular da Vara, Mônica Maciel Fonseca, começaram em 2014. O intuito é capacitar a comunidade escolar para identificar crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. O projeto já realizou cerca de 60 visitas a escolas da rede pública de ensino.

Segundo a juíza Mônica Maciel, a revista com história em quadrinhos terá um papel fundamental no fortalecimento da rede de proteção de crianças e adolescentes, uma vez que inclui a comunidade escolar para combater, sobretudo, os casos de violência sexual, que ocorrem, em sua maioria absoluta, no ambiente intrafamiliar, com consequências sérias na vida das vítimas.

“O material possui linguagem de fácil compreensão, com acesso facilitado pelas imagens em desenho, para o alcance de crianças, que poderão ser encorajadas a se proteger contra toda forma de violação de direitos”, disse a magistrada. Além do formato virtual, está prevista uma versão impressa, a partir da cooperação técnica firmada pelo TJPA com o Instituto Liberta.

Para acessar a revista, clique aqui.

Fonte: TJPA