A proteção de dignitários do Poder Judiciário é o foco do curso promovido pelo Departamento Nacional de Polícia Judicial do Conselho Nacional de Justiça (DNPJ/CNJ) e pela Academia Nacional de Polícia Judicial (ANPJ). Iniciado nesta sexta-feira (1.º/8), o treinamento capacita agentes policiais judiciais com ênfase na atuação técnica e padronizada e com respeito aos direitos humanos.
As aulas seguem até domingo (3/8), na sede da ANPJ, em Brasília. A turma é composta por 15 policiais judiciais advindos de outros tribunais. O conteúdo programático do Curso Básico de Segurança de Dignitários inclui a diferenciação entre dignitário e autoridade, além da apresentação da Introdução à Estratégia Nacional da Polícia Judicial (ENAPJ) e dos fundamentos da Doutrina Técnico-Operacional da Polícia Judicial.
O curso é coordenado pelo diretor do DNPJ/CNJ, Igor Tobias Mariano, e pelo chefe da Academia Nacional de Polícia Judicial (ANPJ), Fábio Fernandes. Os agentes policiais judiciais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Paschoal Rosseti Neto e Anderson Ferreira, respectivamente, completam o time de instrutores do curso presencial.
Uma das principais atribuições da Polícia Judicial é assegurar a liberdade e a proteção necessárias para que magistrados e demais autoridades exerçam suas funções de forma segura. “Para isso, nós precisamos de constância, de treinamentos. O objetivo desse curso é apresentar aos alunos uma série de técnicas que vão desde a recepção da missão até a análise das situações, avaliação do risco da autoridade e como a missão será desenrolada. Fazemos um planejamento e, posteriormente, definimos como vamos executá-la”, destaca Paschoal Rosseti.
Na área de treinamento operacional, serão abordadas as técnicas e as formações de escolta a pé, além de aspectos para o combate em baixa visibilidade e reação controlada. Também serão realizadas simulações de ataques a autoridades, com treinamento em gestão de crises e evacuação emergencial, atendimento inicial ao protegido em risco e análise crítica dos resultados.
Segundo Anderson Ferreira, dignitários são pessoas que ocupam posições que exigem atenção diferenciada por conta da projeção social, seja política ou econômica e tanto na esfera pública quanto na privada.
“O dignitário é tratado como uma pessoa que merece uma atenção diferenciada em relação à projeção do seu cargo”, explica Ferreira. “Quando somos designados para fazer uma escolta de um oficial de justiça, que vai cumprir um mandado e precisa de uma proteção específica, ele é considerado um dignitário, porque deve ter garantida a condição de executar a atividade em tranquilidade e segurança”, completa.
Com o curso, os policiais judiciais poderão desenvolver habilidades práticas em escolta a pé, eventos públicos, audiências, fila de cumprimentos, deslocamento em diversas circunstâncias e em comboio veicular.
Texto: Lenir Camimura
Edição: Sarah Barros e Mirela Lopes
Revisão: Caroline Zanetti
Agência CNJ de Notícias