A construção de espaços restaurativos a partir da experiência e atuação feminina será o foco do 1.º Encontro Nacional de Mulheres na Justiça Restaurativa. O evento será realizado de 19 a 21 de março de 2025, no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília/DF, reunindo magistradas, facilitadoras, pesquisadoras e profissionais do campo da Justiça Restaurativa para debater sua atuação e contribuições para o fortalecimento dessa prática no Brasil.
A palestra de abertura, intitulada “O Feminino e a Justiça Restaurativa”, será ministrada pela PhD Katie Mansfield, especialista em práticas restaurativas, com doutorado em técnicas de arte e corpo para consciência de trauma e construção de resiliência, mestrado pelo Instituto Kroc de Notre Dame e bacharelado em História pela Universidade de Harvard. A apresentação abordará o papel do feminino na Justiça Restaurativa e suas contribuições para a construção de práticas mais integradas e humanizadas.
Ainda no primeiro dia do encontro, haverá roda de conversa com a participação da desembargadora Joanice Maria Guimarães de Jesus, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), que exporá sua trajetória em tantos anos de história da Justiça Restaurativa no Brasil.
No segundo dia, as participantes terão a oportunidade de assistir à palestra “Sororidade”, com a jornalista, escritora e roteirista Milly Lacombe. O tema abordará pertencimento, conexões femininas e as relações entre mulheres.
O painel “O Papel da Mulher na Construção de Caminhos Restaurativos na Execução Penal” destacará como as mulheres que atuam com Justiça Restaurativa descortinam as realidades do sistema prisional em todas as suas peculiaridades, inclusive no que se refere ao encarceramento feminino.
Além disso, a programação contará com a palestra “Um Sonho, uma Busca”, seguida pelo espaço “Dando Voz às Mulheres Restaurativas”, um momento dedicado à apresentação de projetos e iniciativas desenvolvidas por mulheres no campo da Justiça Restaurativa.
Encerrando as atividades do segundo dia, as participantes serão convidadas a uma vivência corporal guiada pelo método Rio Abierto, facilitada pela juíza federal Maria Fernanda de Moura e Souza. Essa prática promove o movimento e a expressão como formas de conexão e fluidez, permitindo uma integração entre corpo, mente e emoções.
No último dia do encontro, serão realizadas oficinas temáticas e uma plenária final, consolidando as reflexões e diálogos construídos ao longo dos três dias. O evento será encerrado com a elaboração e divulgação da Carta de Brasília — documento que reunirá diretrizes e compromissos para o fortalecimento da Justiça Restaurativa e da participação das mulheres nesse campo.
Este evento é uma realização dos Comitês da Justiça Restaurativa e da Participação Feminina do CNJ, reafirmando o compromisso com o reconhecimento e valorização da atuação das mulheres na consolidação da Justiça Restaurativa no Brasil.
Acesse a programação completa do 1.º Encontro Nacional de Mulheres na Justiça Restaurativa.
Agência CNJ de Notícias