Constelação Familiar é debatida no Foro Regional de Santo Amaro (SP)

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 A juíza Cláudia Marina Maimone Spagnuolo, titular da 11ª Vara da Família e das Sucessões do Foro Regional de Santo Amaro, promoveu na última terça-feira (12/12) a “Oficina Direito Sistêmico”, para apresentar a técnica Constelação Familiar a juízes, promotores de Justiça, funcionários do Setor Psicossocial, psicólogas, assistentes sociais e servidores do Tribunal de Justiça que atuam em Santo Amaro e região.

 A iniciativa integra o projeto-piloto “Paz Para Todos”, que pretende aplicar a técnica nos processos em andamento nas varas de Família do foro. Caso entendam necessário, magistrados selecionarão ações nas quais identificarem dificuldades para a obtenção de entendimento e aproximação entre as partes, e as convidarão a participar de uma palestra vivencial onde a técnica da Constelação Familiar será aplicada.

 Constelação Familiar é uma técnica desenvolvida pelo terapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger. Quando aplicada, ela propicia a uma pessoa verbalizar um problema pessoal, examiná-lo, e, se possível, superá-lo. No âmbito do Judiciário, é chamada de Direito Sistêmico e auxilia as partes a esclarecerem o que há por trás do conflito que gerou o processo judicial. Em geral, a ferramenta é aplicada em litígios que abordam questões de origem familiar, como violência doméstica, endividamento, guarda de filhos, divórcios litigiosos, inventário, adoção e abandono. Um terapeuta especializado comanda a sessão.

 A palestra foi ministrada pelas “consteladoras” Roberta Moreira, Fabiana Quezada, Marcella Santos e Marisa Petkevicius, que falaram sobre o trabalho do terapeuta Bert Hellinger e abordaram temas como pensamentos sistêmicos; funcionamento do ser humano em grupo e no sistema familiar; ampliação de consciências; novo modo de olhar e experiências com projetos de Direito Sistêmico no Brasil.

  A juíza Cláudia Spagnuolo afirmou que o projeto-piloto “Paz Para Todos” está de acordo com a Resolução nº 125/10 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o novo CPC e com a política pública do TJSP, que visa à diminuição da judicialização por meio da utilização dos métodos consensuais de resolução de conflitos. “A Constelação Familiar é muito interessante para o Judiciário, pois, além de solucionar a causa, evita futuras judicializações entre as partes.” E acrescentou: “Após a aplicação da técnica, alguns juízes já obtiveram 100% de acordos em processos”.

  A primeira palestra vivencial do projeto está marcada para o dia 13/3/18, às 10 horas, no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do Foro Regional de Santo Amaro, e tratará de ações de guarda e visitas.

 Prestigiaram o evento os juízes Roger Benites Pellicani, Carolina Nabarro Munhoz Rossi, Léa Maria Barreiros Duarte, Andrea Castillo Garcia Paranhos e Rui Porto Dias, além de promotores de Justiça, psicólogas, assistentes sociais e servidores.