O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, destacou a importância de ações sustentáveis durante a cerimônia de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o Conselho Nacional de Justiça e a Neoenergia Distribuição Brasil e a inauguração simbólica da usina fotovoltaica do Supremo Tribunal Federal. As iniciativas contribuem para a consolidação de projetos de eficiência energética, de combate ao desperdício de energia elétrica. O evento foi realizado na tarde desta quinta-feira (3/4), no STF.
O acordo com o CNJ prevê a elaboração de estudos para a implementação de usinas fotovoltaicas nas unidades do CNJ. Na avaliação do ministro Barroso, com o aquecimento global é importante que todos trabalhem pela transição energética. “Alguma das lideranças mundiais adotam uma postura negacionista e cabe a nós continuarmos essa agenda sem cedermos espaço a uma visão totalmente não científica e que ignora o que está acontecendo no mundo”, defendeu.
Barroso afirmou que, no STF e no CNJ, há uma imensa preocupação em contribuir para combater os efeitos da mudança climática. “Só no Brasil, nos últimos tempos, tivemos a mais prolongada seca da Amazônia, queimadas no Pantanal, inundações no Rio Grande do Sul. Nos Estados Unidos, houve queimadas fora de controle que destruíram bairros inteiros na Califórnia. A natureza está dando todos os sinais possíveis e, portanto, eu acho que cada instituição e cada pessoa, no âmbito do seu alcance, precisa dar a sua contribuição”, alertou.
O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, ressaltou que a inauguração da usina solar do Supremo, de 180 kw, vai representar uma economia de mais de R$ 1 bi em três anos. “Entregamos também o retrofit das lâmpadas nas três unidades do Supremo Tribunal Federal, fazendo a substituição de quase 4 mil lâmpadas elétricas e gerando uma economia adicional de R$ 100 mil”.
Parceria CNJ e Neoenergia

Foto: Pedro França/CNJ
A parceria acontecerá por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE) da distribuidora, regulado pela Agência Nacional de Energia elétrica (Aneel), que prevê estudos para verificar a viabilidade técnica para a instalação de sistemas solares fotovoltaicos e a substituição da iluminação na sede do CNJ e na unidade da Asa Norte. A expectativa é elaborar projeto similar ao da parceria com o STF, que representa hoje economia de aproximadamente R$ 255 mil nas contas de luz do tribunal por ano, com a instalação de usina solar e substituição de iluminação. No projeto do STF foram investidos mais de R$ 800 mil, também pelo PEE da distribuidora.
Entre os objetivos da parceria estão contribuir para a criação de uma cultura que compreenda a energia elétrica como produção e bem econômico; incentivar a mudança para hábitos que reflitam o uso racional e eficiente da energia elétrica com impactos tanto na redução do consumo quanto em contribuição para preservação dos recursos naturais; implantar sistemas solares fotovoltaicos nos telhados e informar sobre os benefícios de hábitos conscientes no consumo de energia elétrica.
Em todo país, o Poder Judiciário vem realizando parcerias semelhantes nas cinco áreas de concessão da Neoenergia para ações de eficiência energética. Dados da concessionária de energia mostram que, por meio do Programa de Eficiência Energética das distribuidoras, foram substituídas 80 mil lâmpadas por LED em 200 edificações e instalados 21 sistemas solares fotovoltaicos com capacidade somada de 800 kWp. Ao todo, foram investidos mais de R$ 6 milhões.
Sistema fotovoltaico
O sistema fotovoltaico é uma fonte inesgotável de energia, uma vez que a produção é feita a partir da irradiação da luz solar, podendo ser produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos. Quanto maior a radiação solar, maior a quantidade de eletricidade produzida. A iniciativa está alinhada e faz parte do compromisso da Neoenergia Brasília com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), um conjunto de 17 temas e 169 metas para o alcance de um mundo mais sustentável, conforme determinado pela Assembleia Geral das Nações Unidas da ONU. A instalação de painéis fotovoltaicos está diretamente ligada à ODS 7, que visa contribuir com uma energia acessível e limpa.
Texto: Ana Moura
Edição: Geysa Bigonha
Revisão: Fernanda Souza
Agência CNJ de Notícias