Mutirão leva serviços de cidadania à população em situação de rua em São Paulo

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A portuguesa Emília dos Santos procurou atendimento para estabelecer o benefício previdenciário (Foto: Acom/TRF3)
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O “Mutirão de Atendimento à População em Situação de Rua da Cidade de São Paulo – Pop Rua Jud Sampa” deu continuidade ontem (22/11) aos serviços de cidadania às pessoas vulneráveis que vivem na região central da capital paulista. O evento, organizado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com apoio de mais de 40 entidades, encerra-se nesta quarta-feira (23/11), na Praça da Sé.

A juíza federal Luciana Ortiz Tavares Costa Zanoni destacou o trabalho desenvolvido pela Justiça Federal da 3ª Região como inspiração a outros projetos pelo país. Ela é integrante do Comitê Nacional Pop Rua Jud do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e coordenadora do Grupo de Apoio a Políticas Judiciárias de Atenção a Pessoas em Situação de Extrema Vulnerabilidade (Gapex) no âmbito dos JEFs e das Turmas Recursais da 3ª Região.

“O Pop Rua Jud Sampa é uma verdadeira escola, laboratório para os demais mutirões do Brasil. Aqui estão presentes servidores e juízes de outros tribunais para aprender com a nossa experiência”, destacou.

A servidora Cristiane Oliveira, coordenadora operacional do mutirão, falou sobre o empenho de servidores, colaboradores e voluntários em proporcionar a ação de cidadania aos mais vulneráveis.

“Articulamos a participação de cerca de 45 instituições para oferecimento de serviços à população em situação de rua. Sinto-me grata pela oportunidade em fazer parte de algo grandioso, que poderá ajudar a vida dessas pessoas”, agradeceu.

Atendimentos

Cerca de 60 migrantes africanos de países como Nigéria e Senegal procuraram os serviços das tendas do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR/ONU) e do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes Oriana Jara (Crai/Prefeitura de São Paulo). Eles buscaram orientação para regularizar a situação no país e para naturalização.

O nigeriano Ucherra Arigbogu tentou emitir o Registro Nacional Migratório (RNM), o serviço é realizado pela Polícia Federal. “Estou querendo regularizar a minha situação e também saber se é possível solicitar benefícios assistenciais”, disse.

A portuguesa aposentada Emília dos Santos, 94 anos, procurou restabelecer o pagamento do seu benefício previdenciário, bloqueado pelo banco. “Por causa de problemas com o documento estrangeiro, tive minha aposentadoria bloqueada. Graças ao mutirão consegui agendar na Polícia Federal para regularizar a documentação na sexta-feira”.

Serviços

Mais de 40 entidades oferecem serviços como orientação jurídica, emissão de primeira e segunda vias de documentos; cadastro e atualização em programas sociais (CadÚnico); requerimentos de benefícios do INSS; regularização do título de eleitor; certificado de reservista; oportunidades de emprego; orientações sobre os direitos humanos, das mulheres, LGBTQIA+, imigrantes e egressos do sistema penitenciário.

Na área de saúde e assistência social, são oferecidos testagem rápida de HIV, sífilis e hepatite; vacinação para adultos e crianças; aferição de pressão arterial; orientação para diabetes, tuberculose, álcool e drogas; saúde bucal; cortes de cabelo; maquiagem; brinquedoteca, serviços para animais de estimação, entre outros.

Fonte: TRF3

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