O diretor da Escola Judicial do Tribunal de Justiça do Amazonas (Ejud/TJAM), desembargador Cezar Bandiera, acompanhado dos magistrados Paulo Feitoza, coordenador de cursos da Ejud e Áldrin Rodrigues, juiz-auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ/AM), além da equipe de servidores da Ejud, visitaram a comunidade indígena Ilha Camanaus onde serviços de cidadania estavam sendo executados pela equipe do cartório extrajudicial da comarca.
No local que também é conhecido como Ilha Duraka (distante 22 km da Sede do município) vivem 50 famílias das etnias Tukano; Dessana; Piratapuia; Karapassa; Baré e Tariana. O trajeto até a comunidade dura cerca de 40 minutos, sendo parte feita de carro e outra por meio de uma travessia no rio Negro feita em lanchas.
Para celebrar a chegada do Poder Judiciário as crianças indígenas apresentaram a dança do mauaco, um ritual indígena realizado sempre que a comunidade recebe autoridades.
Logo após a apresentação foi iniciada a ação de cidadania onde os moradores da localidade tiveram acesso a serviços, como registro de casamento; expedição de certidão de nascimento; reconhecimento de paternidade; entre outros. Ao total foram 68 emissões de 2.ª via de certidões de nascimento,12 registros de nascimento, além de solicitação de serviços.
Foi o caso do senhor Ricardo e de dona Virgelina, ambos da etnia Tukano, que aproveitaram a oportunidade para solicitar a realização de um casamento coletivo na comunidade para poder registrar a união de 37 anos. “Demorou muito para tirar esse casamento civil, porque é muita dificuldade. Estou feliz, porque nós precisamos disso também. Esse casamento civil era o que faltava”, disse Ricardo Bricenio.
De acordo com o diretor da Ejud, desembargador Cezar Bandiera, “a visita à comunidade foi importante para o relatório final do protocolo de atendimento aos povos indígenas, que consiste no conhecimento de suas culturas, tradições, línguas e costumes”.
Fonte: TJAM