O segundo dia do 1.º FestLabs Nordeste 2025, na última sexta-feira (25), foi dedicado a fortalecer conexões entre laboratórios de inovação e a estimular a construção coletiva de soluções para o futuro do Judiciário. As atividades realizadas durante a manhã e a tarde reuniram magistrados, magistradas, servidores, servidoras, especialistas e representantes de instituições públicas e privadas, reafirmando o compromisso com a transformação da Justiça.
A programação começou com a apresentação da Rede de Inovação pelo Maranhão (Rima), com o tema “Conectando o futuro da inovação”. O juiz Ferdinando Serejo, coordenador do Trema Lab (TRE-MA), destacou que a rede é fruto da confiança e da vontade de compartilhar experiências entre diferentes instituições: “A Rima é uma grande força que vem da nossa junção de atribuições e de competências. Compartilhamos ideias, o que temos de melhor em termos de inovação e experiência, para melhorarmos o serviço público”.
O promotor de justiça Fábio Meirelles Mendes (MPMA) reforçou a importância da rede de inovação para o avanço da inovação no estado: “A inovação não é somente tecnologia, a inovação é o compartilhamento de novas ideias, novos processos de planejamento e aprendizado, que contribuem muito para que o serviço público seja prestado de forma mais eficiente, eficaz e resolutiva. Dentro da Rima, conseguimos ter contato com diversas instituições que nos ajudaram na criação do nosso laboratório, por exemplo”. Já Roberto Serra, da UEMA, e Cesar Viégas, do Sebrae-MA, mostraram como as parcerias com universidades e o setor produtivo fortalecem o ecossistema de inovação pública.
No painel seguinte, “Laboratórios de Inovação do Nordeste: conexões e desafios”, coordenadores de laboratórios de tribunais nordestinos compartilharam experiências e refletiram sobre os obstáculos comuns e os desafios atuais. O juiz Faustino Macedo (Ideias/TJPE), Welkey Costa (LabLuz/TJCE) e novamente Ferdinando Serejo (Trema Lab) destacaram a necessidade de manter a inovação relevante e funcional dentro das instituições, conectada às demandas reais de cidadãos e cidadãs. “O papel dos laboratórios, que é o que o torna relevante, é testar e experimentar. É apresentar o conhecimento de um experimento sem tirar a instituição da rota, evitando riscos”, opinou Welkey Costa.
Encerrando a manhã, os participantes se engajaram em uma dinâmica interativa que aplicou metodologias colaborativas aos desafios apresentados pelos laboratórios. A proposta mobilizou servidores em atividades práticas de cocriação, promovendo o desenvolvimento de ideias aplicáveis ao dia a dia das instituições. A tarde foi marcada com coquetel de encerramento e passeio turístico pela cidade de São Luís.
A dinâmica do evento privilegiou o diálogo horizontal, a troca de experiências entre tribunais e a valorização de soluções que emergem da base — dos servidores e servidoras que vivem diariamente os desafios do sistema de justiça.