A ‘Exposição Democracia na Balança: 1964 – 2024’, promovida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), em parceria com o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Salgado de Oliveira, de Goiânia (GO), foi vencedora do Prêmio CNJ Memória do Poder Judiciário, na categoria Patrimônio Cultural Museológico, na Edição 2025. A mostra tem como objetivo apresentar os inúmeros desafios enfrentados na construção e na manutenção da democracia brasileira, além de fomentar uma reflexão crítica entre o período do golpe de 1964 até o ataque às instituições brasileiras em 8 de janeiro de 2023.
A exposição gratuita está montada no Museu da Justiça de Niterói, no Rio de Janeiro, e já recebeu até o momento mais de 5.800 visitas, além de seis mil visualizações on-line.
O trabalho foi fruto da integração de várias equipes do Museu, como a DICOI (Divisão de Comunicação Institucional) e a DIMAU (Divisão de Mídia Audiovisual), responsáveis pela criação e edição do vídeo oficial e de toda a identidade visual da exposição.
A mostra foi dividida em três eixos temáticos: repressão, mobilizações populares e redemocratização, e aborda episódios marcantes como a promulgação da Constituição Federal de 1988.
Para Diego Soares Bertucio, co-curador da exposição, a iniciativa, registrada por meio de fotografias e de documentos oficiais mostra a força dos Três Poderes brasileiros em prol da democracia. “Focamos em dois grandes processos da época da ditadura: o processo da militante política Inês Etienne Romeu (1942-2015) e o processo de investigação da morte de Juscelino Kubitschek (1902-1976), que inclusive deve ser reaberto a partir de novas provas”, disse.
Para Bertucio, o mais desafiador durante a pesquisa foi retornar a um tema tão doloroso e sensível ao país. “O desafio maior talvez tenha sido tocar nesse tema sensível e ter que revisitar esses processos”, lembra.
A iniciativa também promoveu ciclos de debates com acadêmicos da Universidade Salgado de Oliveira e do próprio Museu da Justiça. A exposição se destaca pela articulação entre memória, educação e direitos humanos, ampliando o alcance social da Justiça na preservação da democracia.
Sobre o prêmio, o co-curador ressalta que é a segunda vez em que o trabalho do TJRJ é reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Em 2022, ano do lançamento do Prêmio, fomos reconhecidos por um projeto que teve como tema ‘Pandemia e Epidemias do Rio de Janeiro’. Este é o segundo prêmio que recebemos”, comemora.
Além da visita de forma presencial, a exposição também pode ser acessada de forma digital por meio do site oficial do Museu da Justiça em Niterói.
Conheça a Exposição Democracia na Balança: 1964 – 2024
Texto: Nídia Rios
Edição: Beatriz Borges
Agência CNJ de Notícias