Para incentivar o uso da inteligência artificial de forma segura e ética na rede pública de ensino em Roraima, o Projeto “A Escola vai à Escola” promoveu a palestra “Ferramentas de IA como aliadas da prática docente”. O evento ocorreu na segunda-feira, 20 de maio e foi ministrado pelo advogado e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rui Caminha.
Cerca de 40 professores de escolas públicas dos municípios de Boa Vista, Cantá, Iracema e Mucajaí participaram do evento promovido pela Escola Judicial de Roraima (Ejurr). Com duração de duas horas, o encontro utilizou exemplos teóricos e práticos sobre o uso da tecnologia com segurança e responsabilidade.
Durante a palestra, os professores utilizaram IA para criar ideias de planejamento educacional, sendo uma das experiências, a criação de um plano personalizado voltado para alunos com deficiência.
A professora Eleny Marques, veio de Iracema, município localizado a cerca de 100km da capital, para participar da palestra. Para ela, o assunto foi uma novidade, em especial, as ferramentas de inteligência artificial que podem facilitar rotinas pedagógicas.
“A palestra foi muito significativa para minha docência, pois ainda não tinha pensado nos grandes benefícios que a IA poderia trazer para o planejamento de atividades, aliado a inclusão escolar. Durante a palestra o professor despertou a curiosidade de usar outros recursos como o ChatGPT que não conhecia, ele nos apresentou de maneira muito sucinta, porém compreensiva e já estou utilizando”, ressaltou.
Para Rui Caminha, especialista na área de transformação digital no contexto jurídico, compartilhar conhecimentos para professores da rede pública foi uma experiência enriquecedora.
“Existem muitas dúvidas do que pode ser feito, do que não pode ser feito e como isso vai afetar as experiências educacionais. Ao mesmo tempo ficou evidente que as pessoas percebem que estamos em um momento de mudança, momento de transformação. Os professores ficaram impressionados com a forma que a gente fez para sintetizar isso em um curto período, demonstrar através de vídeos, conteúdos compartilhados, dinâmicas em sala de aula e apresentação práticas de alguns prompts para sumarização de documentos, para extração e mineração de dados na internet. Foi nítido o brilho nos olhos deles nos dois sentidos: alguns receios de como eles vão se adaptar junto ao seu processo educacional, mas também de uma grande avenida de aprendizado que pode ser criada”, destacou.