Comitê estuda implantação do teletrabalho em comarcas de Minas Gerais

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Trabalhar de casa, perto dos filhos, não pegar trânsito e comer a comida de casa são confortos que podem se tornar realidade com a chegada do Processo Judicial eletrônico (PJe) à Justiça de Minas Gerais. Com foco nas possibilidades que o processo eletrônico apresenta, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) estuda diretrizes para implantar o teletrabalho nas comarcas onde o sistema já funciona.

Dez servidores da comarca de Belo Horizonte e quatro da segunda instância foram selecionados para participar do projeto piloto de implantação do teletrabalho. São seis servidores dos juizados especiais, dois da 7ª Vara da Fazenda Pública, dois da 4ª Vara Cível e quatro da Coordenação de Distribuição da Segunda Instância — estes participarão em sistema de rodízio.

O primeiro passo é preparar os servidores para a nova sistemática de trabalho, segundo a juíza auxiliar da Presidência Lisandre Figueira. O preparo começou em 11 de abril, quando os servidores receberam orientações da Diretoria de Informática, da Gerência de Saúde no Trabalho e do Núcleo de Desenvolvimento de Competências Humano Sociais sobre ergonomia, saúde, rotina diária, preparação psicológica e cumprimento das metas.

“Trata-se de um projeto piloto. Estamos estudando a ampliação para outros setores e, no futuro, vamos estabelecer uma seleção para os servidores que irão realizar teletrabalho”, afirmou a magistrada. O TJMG criou um comitê para estudar a inovação. O grupo, dirigido pela juíza Lisandre Figueira, é formado por juízes e servidores da Diretoria Executiva de Administração de Recursos Humanos (Deahru) e da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef).

Rodízio – O superintendente administrativo adjunto do TJMG, desembargador Corrêa Junior, afirmou que uma das propostas, ainda em andamento, prevê o rodízio para permitir que vários servidores atuem por meio do teletrabalho, já que atualmente o processo eletrônico convive com o processo que tramita fisicamente nos cartórios do Judiciário. “No futuro, teremos uma pequena secretaria de atendimento e uma grande massa de servidores que poderão trabalhar em casa”, afirmou.

Segundo Lisandre Figueira, o teletrabalho beneficia a todos. “O home office é uma tendência mundial e o setor público tem grandes vantagens na sua implantação. A sociedade ganha com a redução de poluentes; o servidor ganha com maior convívio familiar, economia com despesas de transporte e melhor qualidade de vida; e o tribunal ganha com maior produtividade dos teletrabalhadores”, avaliou.

Algumas experiências, como as do Mato Grosso e do Distrito Federal, mostram que o teletrabalho pode funcionar bem e até melhorar a produtividade, pois evita o desgaste com o deslocamento e possibilita ao servidor trabalhar mais focado nas tarefas, porque está no ambiente de casa.

Fonte: TJMG