A Justiça Brasileira comemora os números obtidos durante os seis dias da Semana Nacional da Conciliação: quase 300 mil pessoas atendidas. Em Roraima, dos 1.511 agendamentos realizados para o período de 03 a 08 de dezembro, 1.108 audiências aconteceram, resultando em 888 conciliações.
Os números incluem os atendimentos realizados em todo o Estado. Estiveram envolvidos os quatro Juizados, a 1ª e 7ª Varas Cíveis (da Família) e todas as comarcas do interior. Do total de audiências realizadas, apenas em 220 as partes não chegaram a um acordo. O número de faltosos foi de 403.
Na Vara Itinerante, o número de conciliações superou todas as expectativas, chegando a 100% dos casos atendidos. Dos 415 agendamentos, 395 audiências foram realizadas e conciliadas. Apenas 20 dos casos agendados não aconteceram.
Um dos casos resolvidos na Vara Itinerante foi o do jardineiro Michel Costa Mesquita, 23, e da dona-de-casa Deisiane Rodrigues Sarmento, 19, que estavam buscando a guarda compartilhada dos dois filhos: um menino de 1 ano e 1 mês e uma menina recém-nascida. Sem discussões ou brigas, os dois chegaram ao entendimento.
"Eu (pai) vou ficar com a guarda da neném e ela com a do menino", disse Costa, frisando que a juíza tentou conciliar o caso, mas segundo ele, não tem jeito porque a “mulher' é muito ciumenta.
A coordenadora do Movimento Nacional de Conciliação em Roraima, juíza Tânia Vasconcelos, disse que a previsão era chegar a mil audiências este ano, lembrando que no ano passado, quando o movimento aconteceu apenas no dia 08 de dezembro, foram agendadas 650.
A magistrada comemorou os números de casos conciliados este ano. "Qualquer acordo que consiga é importante, e chegar em 80% é mais importante ainda". De modo geral, o atendimento mais procurado é o de natureza familiar, ou seja, divórcio, separação, alimentos, guarda. "Quando não há conciliação, as partes são encaminhadas à Defensoria Pública, caso não tenham condições financeiras, para ser ajuizada a ação litigiosa", explicou.
O grande diferencial da conciliação é a rapidez. "Através da conciliação você não resolve apenas a lide, ou seja, o processo, você tem a oportunidade de trabalhar o conflito, de trabalhar com as pessoas, de orientar e resgatar a paz. O maior diferencial é trabalhar a paz entre as pessoas", afirmou.
Questionada sobre o diferencial da Semana Nacional para o trabalho normal do Judiciário, a juíza explicou que para o Judiciário de Roraima não há, pois todos os dias do ano são realizadas audiências de conciliação.
(Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TJRR)