Juízes vão às escolas em Minas Gerais

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Magistrados de Minas Gerais estão participando da Semana do Juiz na Escola: na semana passada, eles fizeram palestras em escolas das comarcas de Carmópolis de Minas, Curvelo, São João Evangelista, Monte Azul, Jacutinga, Governador Valadares, Lagoa Santa, Tarumirim e Dores de Indaiá. Nesta semana estão agendados outros encontros em Dores de Indaiá, Carlos Chagas, Arinos, Rio Paranaíba e Jacinto. 

Concretizando a proposta da Semana do Juiz na Escola, idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a juíza Áurea Maria Brasil Santos Perez abordou o tema do bullying e violência escolar, em palestra para os estudantes. “Não só eles, mas adolescentes do Brasil e de todo o mundo lidam com isso diariamente”, explica Áurea Perez. Ela enfatizou que o bullying é uma prática antiga, mas só recentemente vem sendo estudada com mais profundidade e abordada pelas ciências humanas e pelo direito. Ele consiste na “agressão verbal, física e material” exercida de forma repetitiva e sem razão aparente.

A magistrada afirma que o fenômeno não se restringe ao ambiente escolar. “Hoje, há uma forma ainda mais perversa, que é o cyberbullying. A pessoa agredida recebe mensagens de celular, e-mails e outras modalidades de comunicações por meios virtuais como a internet”, esclarece.

Atualmente, esse problema se torna mais grave porque, de acordo com a juíza, há mais liberdade para os jovens e facilidade de acesso a recursos digitais. E, de fato, a iniciativa da professora de ciências Ana de Oliveira Aguilar foi desencadeada por um caso de divulgação de vídeos e fotografias depreciativas de um aluno da instituição por colegas. “Na época, a minha filha, que é advogada, leu no site uma notícia a respeito. Então resolvi ligar e agendar a visita à escola”, contou.

O programa do CNJ tem como objetivo aproximar o Judiciário das instituições de ensino do país para combater e prevenir os problemas que afetam crianças e adolescentes.
No Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o programa esteve sob a responsabilidade da Coordenadoria da Infância e da Juventude (Coinj), que tem como superintendente o desembargador Antônio Sérvulo.

Fonte: TJMG