Juiz eleitoral conta experiência de salvar uma vida com doação de medula óssea

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Na primeira e na segunda fotos, o menino Weliton, e, na terceira foto, o juiz eleitoral Marcelo Pimentel Bertasso. Fotoarte: TRE-PR
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O transplante de medula óssea é um tratamento para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas, e cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. O transplante salva vidas como a do menino Weliton, de Nova Iguaçu (RJ), que teve síndrome de Wiskott-Aldrich, doença decorrente de imunodeficiência de tipo hereditária.

Ele fazia quimioterapia, que o deixava bem debilitado, até que houve a possibilidade de um transplante em 2016. Quem doou as células ao Weliton foi o juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que atua em Umuarama,  Marcelo Pimentel Bertasso. “Eu havia me cadastrado como doador em 2011, por incentivo de um amigo próximo que teve leucemia na época.”

A doação foi realizada em Belo Horizonte (MG), conforme orientação do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Marcelo foi três vezes à capital mineira para exames, consulta pré-operatória e para a doação em si. O Redome custeia todos os gastos durante o processo de doação.

Segundo Bertasso, a cirurgia para retirada das células é simples. “O procedimento acontece com anestesia e depois você faz um tratamento com vitaminas e ferro”, conta. A identidade da pessoa receptora pode ser tornada pública após dois anos do procedimento. O magistrado, hoje em dia, mantém contato com a mãe de Weliton. O menino está curado. “Recomendo a todo mundo que puder que faça o cadastro porque, além de ajudar, você pode passar por essa experiência, ter essa sensação gratificante.”

Para a doação, são observados alguns critérios: ter entre 18 e 35 anos de idade; estar em bom estado geral de saúde; não ter doença infecciosa ou incapacitante; não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico; e algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Para se cadastrar, é só ir até o banco de sangue mais próximo com documento original de identidade e preencher um formulário. Lá, é feita a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para testes de compatibilidade.

Queda

No ano passado, o Redome teve uma queda no número de cadastros de pessoas voluntárias. Em 2019, o total de novas pessoas doadoras foi de mais de 291 mil, enquanto em 2020 o número não chegou a 230 mil – queda de 21,37%. Os números vinham crescendo desde 2017.

Fonte: TRE-PR