Corregedores de Justiça e CNJ assinam termo de cooperação para modernização de cartórios de imóveis

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O Corregedor-Geral da Justiça do Amapá, desembargador Gilberto  Pinheiro, representando o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), vai  participar, nesta terça-feira (14), da assinatura do termo de cooperação técnica que será assinado pela Corregedora Nacional de  Justiça, Ministra Eliana Calmon, e os nove corregedores dos tribunais de  Justiça da Amazônia Legal para a implantação do programa de modernização  dos cartórios de registro de imóveis na região. Os corregedores de Justiça irão formar um grupo para auxiliar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na implantação do programa na Amazônia. O objetivo é conferir padronização, segurança e confiabilidade  necessárias aos procedimentos e às propriedades da região, onde há registros de inúmeros conflitos agrários em decorrência de grilagem, fraude nos registros de propriedade de terras e até falta de conhecimento por parte dos próprios registradores.

Segundo o Juiz Auxiliar da Presidência do CNJ, Antônio Carlos Braga  Júnior, como parte do trabalho do grupo de corregedores deverá ser  lançado um manual para a gestão documental. Um estudo de  geo-referenciamento já foi inclusive iniciado para aprimorar os  conhecimentos técnicos sobre a região. Também já foram criados  laboratórios de restauro, microfilmagem e digitalização, além de cofres  para a guarda dos livros e documentos de registros de imóveis, que fará  parte do Arquivo Nacional.

Paralelamente a essas iniciativas, um estudo também já se preocupa em  encontrar o meio ideal de distribuir a comunicação via Internet em toda  a região para facilitar o controle e monitoramentos dos registros. O  programa pretende padronizar desde a disposição espacial até a rotina  dos cartórios de imóveis.

A Universidade de São Paulo (USP) é um importante parceiro do programa  e será responsável por desenhar o modelo “matemático” de registro na  forma digital e integrado a outros órgãos que tenham interesse nas  informações, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário – que é um dos  principais parceiros do CNJ nessa empreitada, tendo inclusive  disponibilizado recursos da ordem de R$ 10 milhões para ações que  viabilizem o programa.

De acordo com levantamento do CNJ, hoje existe na região cerca de 400  cartórios de Registro de Imóveis. O próximo passo do Conselho é levantar  quantos processos relacionados a conflitos de terra tramitam no  Judiciário dos Estados da Amazônia Legal.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TJAP (Com informações da Agência CNJ de Notícia)