O Conselho Nacional de Justiça lançou, nas redes sociais, campanha de combate ao tráfico de pessoas. Com a hashtag #GenteNãoSeCompra, as páginas oficiais do CNJ no Facebook, Twiter e YouTube trarão até este sábado (31/5) publicações com informações sobre as diferentes modalidades de tráfico, a legislação vigente e o perigo desse tipo de crime que faz vítimas em todo o mundo. A iniciativa ocorre na semana do IV Seminário Internacional para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas com o intuito de aproximar a população do tema.
A divulgação começou nesta terça-feira (27/5), com a publicação da identidade visual da campanha no Facebook, no Twitter e no YouTube. Em menos de 24 horas, a publicação no Facebook do post sobre tráfico desportivo, que alerta os internautas para essa “nova modalidade” do crime, teve mais de 3.000 compartilhamentos e foi visualizada por mais de 180 mil pessoas.
O post alerta que crianças e adolescentes de vários países são atraídas por promessas de serem descobertos por grande time brasileiro e, quando chegam ao País, são tratados como escravos, têm passaporte recolhido e ficam impedidos de retornar a seus países. Veja entrevista sobre o tema.
No YouTube do CNJ, os internautas podem acessar vídeo produzido pelo Conselho Nacional de Justiça, que alerta para os perigos do tráfico de pessoas relacionado à exploração sexual, ao trabalho escravo e à remoção de órgãos, que movimenta US$ 32 bilhões por ano no mundo, fazendo mais de 2,5 milhões de vítimas.
O vídeo da campanha Coração Azul do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC) com o Ministério da Justiça, também já está disponível no YouTube do CNJ. Nele, a cantora Ivete Sangalo alerta para os casos de trabalho análogo à escravidão que ainda persistem no mundo e fazem que muitas pessoas sejam arrancadas de seus países para serem submetidas a condições subumanas em outras nações.
Mobilização – A campanha #GenteNãoSeCompra, além de alertar para os perigos e as modalidades do tráfico de pessoas, vai estimular os internautas a denunciarem esse tipo de prática. Atualmente, a página oficial do CNJ no Facebook tem mais de 650 mil fãs, enquanto mais de 230 mil pessoas seguem o Conselho no Twitter.
Levantamento mais recente sobre tráfico internacional de pessoas, realizado pela Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça (SNJ/MJ), aponta que entre 2005 e 2011 houve a identificação de 475 vítimas brasileiras desse crime, sendo 337 vítimas de tráfico para fins de exploração sexual e 135 de tráfico para fins de trabalho escravo, em 18 diferentes países.
Evento – Para debater o combate e a punição ao tráfico de pessoas e atendimento e acolhimento às vítimas desse tipo de crime, o CNJ realiza nesta quinta e sexta-feira (29 e 30/5) o IV Simpósio Internacional de Tráfico de Pessoas, no Rio de Janeiro. Cooperação internacional, novas modalidades de tráfico, formas contemporâneas de trabalho escravo, diagnóstico nas áreas de fronteira, boas práticas no atendimento às vítimas e reforma legislativa são alguns dos temas a serem debatidos durante os dois dias de painel e debates.
Serviço:
IV Simpósio Internacional para Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
Data: 29 e 30/5
Local: Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, Rio de Janeiro/RJ
Horário: das 9h às 18h30
Veja a programação.
O evento é voltado para magistrados, membros do Ministério Público, representantes do Ministério da Justiça, advogados públicos (Defensoria Pública da União, dos estados e da Advocacia-Geral da União), auditores fiscais do Trabalho, polícias judiciária e administrativa, secretarias de Educação e da Saúde e Rede de Atendimento às Vítimas.
Mariana Braga
Agência CNJ de Notícias