Em quatro dias, mutirão em Curitiba concedeu benefício em 49% dos processos

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A equipe do mutirão carcerário iniciou, esta semana, a análise dos processos de execução penal em Curitiba (PR). Nos primeiros quatro dias de trabalho na capital paranaense, os juízes analisaram 210 processos e 104 deles tinham direito à concessão de algum benefício. Segundo o coordenador do mutirão carcerário no estado, o juiz auxiliar Wilson da Silva Dias, dos casos verificados na primeira semana, 72 presos passaram para o regime aberto, seis obtiveram livramento condicional e 26 tinham direito a progressão para o regime semi-aberto. Os dados referem-se apenas à capital, Curitiba. Wilson Dias afirmou que a quantidade de liberdades é muito significativa, considerando-se o pequeno espaço de tempo.

No estado já foram analisados 8.279 processos e libertadas 785 pessoas. O mutirão do Paraná é um dos maiores já coordenados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Está dividido em quatro polos: Curitiba, região metropolitana e litoral; Londrina e Maringá; Foz do Iguaçu, Cascavel e Francisco Beltrão; e Ponta Grossa e Guarapuava.  O estado possui uma população carcerária de aproximadamente 37 mil detentos. Dos 8.279 processos já verificados, um total de 1.215 presos receberam algum benefício.

Os mutirões carcerários coordenados pelo CNJ já foram promovidos em 21 estados. Ao todo, a equipe que integra os mutirões já revisou 112.438 processos, concedeu 34.488 benefícios, sendo 20.808 liberdades. O Paraná tem a terceira maior população prisional do Brasil, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais. No estado, há 31 juízes e 61 servidores do Tribunal de Justiça, 39 servidores voluntários da Justiça Federal e do Tribunal Regional do Trabalho, e mais três defensores da União, além de promotores, defensores públicos e oficiais de justiça, trabalhando no mutirão, que prossegue até o dia 15 de maio.

EN/MM
Agência CNJ de Notícias