Paulo Zacarias da Silva, juiz auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça, realizou, nesta terça-feira (15/12), a primeira correição virtual do Judiciário alagoano, sem necessidade de deslocamento para apreciação de processos dispostos em prateleiras de unidades judiciárias. Com auxílio do Processo Judicial Eletrônico (Projudi), ele acessou os processos que tramitam no Juizado Especial que funciona no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e determinou prazo para solução de causas pendentes.
O clique determinando ao magistrado de um dos 20 Juizados em Alagoas representa um marco na história do Judiciário alagoano. “Em menos de dois minutos, acessei o processo, constatei que já estava concluso para sentença. Determinei, então, ao magistrado responsável que tomasse providência. Quando ele acessar o Projudi, receberá a informação de que a corregedoria cobrou solução no sentido de facilitar a vida do cidadão”, explicou Paulo Zacarias.
Rapidez– Numa correição tradicional, o que ainda ocorre nas demais unidades do Judiciário, o juiz auxiliar da Corregedoria se desloca aos cartórios e aprecia cada um dos processos em papel dispostos em prateleiras. Em média, são necessários 30 minutos para que se analise uma única peça, carimbe a mesma e imprima cópia do despacho ao juiz para que o mesmo cumpra a lei, corrija possíveis falhas e agilize a solução do caso, garantindo celeridade ao trâmite processual.
Com a adoção do Processo Judicial Digital (Projudi) em 2007, a Corregedoria Geral do Judiciário passou a acompanhar, por exemplo, o quantitativo de processos originados desde então nos Juizados Especiais da capital e de Arapiraca. “Só não tínhamos ainda feito a correição virtual. Hoje, fizemos. É um marco em nossa história”, ratificou Paulo Zacarias, para quem a nova modalidade de atuação contribui para que servidores sejam mais ágeis, porque podem ser fiscalizados quanto à produção diária, por exemplo.
O corregedor-geral do Judiciário, desembargador José Carlos Malta Marques, acompanhou a realização da primeira correição virtual em Alagoas. “Demos um importante passo no sentido de resolver processos com agilidade jamais imaginada num passado recente. Com a nova ferramenta, acompanhamos os prazos processuais e temos como fiscalizar e cobrar o cumprimento dos mesmos. Assim, a sociedade tem uma resposta mais rápida. E o Judiciário também economiza recursos”, explicou.
Luciana Lima, chefe do setor de Conectividade do Tribunal de Justiça e administradora do Projudi, também reforça o argumento do desembargador. “O processo é mais rápido, mais seguro, eficaz e eficiente. Elimina-se, nesse caso, a utilização de carimbos e demais processos burocráticos”. Desde 2007, quando foi implantado em Alagoas, o Projudi contabiliza 42.288 processos virtualizados.
Fonte: TJAL