Começou nesta sexta-feira (6/11) um curso em Maceió (AL) que vai capacitar 10 integrantes do Poder Judiciário alagoano, entre juízes e diretores, para expandir o Programa Integrar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para as comarcas do interior do estado. O programa, que está em Maceió (AL) desde o dia 11 de setembro, auxilia o Judiciário estadual na adoção de boas práticas de gestão, com vistas a modernizar as rotinas de trabalho e melhorar o atendimento à população. “Com o curso, a ideia é capacitar multiplicadores locais, para espalhar o trabalho que está sendo feito na capital para todo o estado”, destacou a coordenadora do Programa Integrar e juíza auxiliar da presidência do CNJ, Maria da Conceição da Silva Santos. O curso, que vai se estender pela próxima semana, está sendo realizado na Escola da Magistratura de Alagoas (Esmal) e contará também com uma parte prática no Fórum da capital.
A capacitação, segundo a juíza, é um primeiro passo para criar comitês locais do Programa Integrar, capazes de manter e expandir as rotinas de trabalho e as melhorias implementadas, quando a equipe do CNJ já não estiver mais no Estado. O objetivo do curso é capacitar os futuros coordenadores desses comitês, que serão formados por cerca de 30 servidores locais, os quais também passarão por uma formação. Nesta sexta-feira (06/11), os participantes tiveram aulas teóricas para entender a metodologia do programa que atua em quatro eixos: infraestrutura e tecnologia da informação, comunicação e informação, processos de trabalho e pessoal. Na próxima semana, eles poderão ver como a teoria é aplicada na prática, acompanhando o trabalho que está sendo feito pelo Integrar nas Varas do Fórum de Maceió, como a implantação de um padrão único para a classificação dos processos e a otimização das rotinas de trabalho dos cartórios.
Após o encerramento do programa em Alagoas, previsto para 1º de dezembro, os coordenadores locais também ficarão responsáveis por garantir a continuidade das atividades nas Varas visitadas pelo CNJ em Maceió. O juiz da 9ª Vara Cível da capital, Domingos de Araújo Lima Neto, é um dos que está participando da formação. “Nossa intenção é fazer o acompanhamento e saneamento de todas as unidades judiciárias do Estado”, afirmou o juiz. Em Alagoas, Lima Neto é também um dos coordenadores do projeto Justiça Itinerante, que funciona desde 1997 no Tribunal de Justiça do Estado, promovendo mutirões de audiências, casamentos coletivos, além de serviços sociais, como emissão de documentos e prestação de serviço médico, de maneira de aproximar a Justiça do cidadão.
“Aqui os juízes e funcionários estão comprometidos e já realizavam um trabalho importante a partir do Justiça Itinerante, no esforço de melhorar o atendimento à população. O Integrar busca intensificar esse trabalho e ajudar a sanar as dificuldades que são enfrentadas para uma boa prestação jurisdicional”, destaca Maria da Conceição. A expansão do programa para o interior já começa no dia 5 de dezembro pela Comarca de Pilar. Uma equipe do Integrar irá ao município para realizar cerca de 70 audiências cíveis e criminais, além de sete júris para julgar processos envolvendo crimes de atentado contra a vida.
MB/SR
Agência CNJ de Notícias
