Nos últimos três anos, o número de servidores do TRT5 cresceu em 33% (de 1.910 pessoas em janeiro de 2008 para 2.542 em janeiro de 2011), mas a média de faltas por motivo de saúde vem caindo constantemente, o que revela a tendência de baixa no Tribunal: a taxa média anual caiu de 4,01% em 2008 para 3,82% no ano passado.
Profissionais da área de saúde creditam essa tendência não somente à distribuição mais racional de tarefas, que reduziu a sobrecarga de serviço em algumas unidades, mas principalmente ao sucesso de campanhas e outras ações internas de prevenção e recuperação de doenças.
Outro dado estatístico levantado pelo Serviço de Saúde do TRT5 confirma a redução no volume de faltas: o primeiro quadrimestre de 2011 foi recordista na diminuição de ausências (3,34%), se comparado ao mesmo período nos últimos quatro anos (em 2008, 4,23%; em 2009, 3,96%; e em 2010, 3,63%).
‘Isso equivale a quase um ponto percentual de queda e contribui para que o Tribunal se coloque num panorama melhor do que a meta requerida para 2014’, afirma o médico Augusto Farias, integrante da junta médica do Tribunal e coordenador da pesquisa. Ele se refere ao Planejamento Estratégico do TRT5, que exige, no seu item 21, que o TRT5 atinja até 4% de absenteísmo em 2014 (absenteísmo é o número de faltas ao trabalho, que inclui além de motivos de saúde, outras licenças legais, como casamento, funerais, adoções). O Planejamento estipulou os tetos de 6% em 2010, 5,5% em 2011, 5% em 2012 e 4,5% em 2013.
De acordo com a Assessoria de Planejamento e Economia (Ape), que monitora a evolução do panorama de absenteísmo, utiliza números colhidos diretamente do sistema informatizado do Tribunal, a taxa total foi de 3,67 % no segundo semestre de 2010, último período consolidado. Os dados da Ape, que também demonstram avanço em relação ao requerido no planejamento, trazem maiores detalhes, como a separação das categorias magistrados e servidores.
AÇÕES – Segundo profissionais da área de saúde no tribunal, o quadro positivo se deve às ações de promoção de qualidade de vida entre os servidores, implementadas nos últimos anos. O médico Augusto Farias entende que um dos fatores pode ter sido a campanha de vacinação promovida pelo Serviço de Saúde. Outro fator que ele destaca é a maior agilidade com que vem sendo feitas as perícias médicas e a maior precisão que têm essas avaliações.
Elzita Brandão, coordenadora da Comissão de Reabilitação do TRT5, salienta que o trabalho realizado pelo grupo também ajuda, e ‘o tratamento que é feito pela Comissão com pessoas que já estão adoecidas, no início do adoecimento, proporciona uma escuta diferenciada, o que identifica as necessidades do servidor’. Isso pode gerar mudanças nas atividades do trabalhador, da carga de horário ou, até mesmo de setor. ‘Com certeza esse acompanhamento reduz o período de licença médica’ afirma.
Para Daniela Mascarenhas, lotada no Serviço Social e atual coordenadora do Comitê de Saúde do Trabalhador, o grupo, que tem ações como inspeção nos locais de trabalho para propor melhorias, pode ser considerado um verdadeiro vigilante da saúde dos trabalhadores. Um dos principais objetivos do trabalho da equipe, que tem representantes de várias unidades do Tribunal, é conscientizar os servidores a prestar atenção nos seus limites e se mantenham saudáveis. Daniela afirma, ainda, que o Comitê gerencia dois programas que se preocupam com o bem estar do trabalhador: os programas de Qualidade de Vida e de Prevenção de Doenças, ambos integrantes do Planejamento Estratégico do Tribunal.
Fonte: Assessoria de Comunicação do TRT5