Segundo a secretária executiva da CDJA, Thaís Botelho, a visita propiciou a troca de informações a respeito da estrutura e da metodologia de trabalho de ambas as instituições. Além disso, foram tratados aspectos práticos da adoção no Distrito Federal, providências burocráticas após a sentença de adoção e demais ações necessárias ao bom desenvolvimento do processo adotivo de crianças brasileiras por famílias estrangeiras.
Conforme Marisa Drumond, Marília Alvarenga e Maria Dulce Silva Almeira, da Cofa Cognac, o organismo francês realiza adoções também com o Haiti e o Vietnã, ambos signatários da Convenção de Haia de 1993. Marisa Drumond explicou que a maioria das adoções são realizadas com o Vietnã porque o país disponibiliza crianças recém-nascidas, o que atrai os cidadãos franceses. “Em cada mil habilitações de famílias para adoção feitas na França, 950 desejam acolher bebês”, declarou ela.
Boa mãe – De acordo com a Cofa Cognac, os franceses depositam alta expectativa na capacidade de desenvolvimento da autonomia do filho. Marisa Drumond explicou que ser boa mãe para os franceses é ter filhos educados e bem-sucedidos, enquanto no Brasil significa ser afetuosa, cuidadosa, dedicada e participativa na vida escolar do filho. Devido às diferenças culturais entre os países, ela destacou a importância da correta seleção da família, bem como da preparação dos casais e das crianças para a adoção.
Anualmente, a Cofa promove encontro entre as famílias que desejam acolher em adoção e aquelas que já viveram a experiência. Conforme o organismo, é um dia dedicado a várias atividades, com relatos de experiências, oficinas, exposição de fotos e, principalmente, reencontros afetivos. Após anos de trabalho na área de adoção, a Cofa verificou a necessidade de instalar um novo núcleo de atuação para auxiliar as crianças adotadas, agora adultas, na busca da sua origem biológica.
De 2000 a 2014, a CDJA efetivou quatro adoções de crianças por famílias francesas. Os últimos casos tendo a França como país de acolhida ocorreram em 2007, com a adoção de dois meninos, de 6 e 8 anos. O recente deferimento, em 2014, da habilitação de um casal francês para adoção no Distrito Federal possibilitará que três irmãos tenham a chance de ter uma nova família. O processo de adoção em andamento continuará a ser acompanhado pela Cofa Cognac juntamente com a CDJA.
Fonte: TJDFT