ONU quer levar ações do CNJ de melhoria do Judiciário a outros países

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O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, se reuniu nesta sexta-feira (11/12), em Brasília, com o conselheiro sênior Anticorrupção do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc), Stuart Gilman, e o representante da entidade no Brasil, o cientista político Bo Mathiasen. Os representantes da ONU conheceram as ações desenvolvidas pelo CNJ voltadas para a melhoria do Judiciário e demonstraram interesse em levar as experiências a outros países, sobretudo os da América Latina. “O CNJ é um líder global no que diz respeito à integridade no Judiciário”, destacou Gilman.

O ministro Gilson Dipp apresentou a Stuart Gilman e Bo Mathiasen alguns dos projetos do CNJ que visam aprimorar o Judiciário brasileiro, combatendo a morosidade e melhorando as práticas de gestão. É o caso das inspeções e audiências públicas promovidas pela Corregedoria no Judiciário dos estados, com vistas a identificar as deficiências e propor medidas, para melhorar o atendimento ao cidadão. “Ele ficou muito entusiasmado com as ações do CNJ e se colocou à disposição do conselho para compartilhar experiências”, enfatizou Dipp.

Gilman veio ao Brasil por ocasião do Dia Internacional contra a Corrupção e está visitando diversos órgãos e autoridades no intuito de compartilhar experiências. Depois de conhecer as ações do CNJ, ele disse que o trabalho do conselho contribui para a integridade do Judiciário e, portanto, para o fortalecimento da democracia. “Se você não tem juízes honestos, a democracia se torna impossível”, afirmou. A juíza auxiliar da corregedoria Salise Sanchotene e os juízes auxiliares da presidência do CNJ Marivaldo Dantas e Paulo Cristóvão também participaram da reunião.

Bens apreendidos – Durante a visita, os representantes do Unodc também conheceram o Sistema Nacional de Bens Apreendidos, desenvolvido pelo CNJ. O Sistema foi criado, em dezembro de 2008, para centralizar os dados referentes aos objetos recolhidos pela Justiça em procedimentos criminais em todo o território nacional, como carros, aviões, imóveis, computadores, etc. A ferramenta facilita a gestão desses bens por parte da Justiça, evitando a deterioração. Gilman demonstrou especial interesse no sistema e destacou que diversos países enfrentam dificuldades na administração desses bens. 

 

MB/MM

Agência CNJ de Notícias