Na data em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa, os olhos da sociedade se voltam para a situação em que vive essa parcela da população que, segundo dados da última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa 10% do total dos brasileiros. São cerca de 18 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e a cada ano mais de 600 mil ingressam nessa faixa etária. A estimativa do IBGE é de que em 2020 esse número chegue a 25 milhões.
A data, instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, tem como objetivo promover a conscientização sobre os cuidados com a terceira idade, além de chamar a atenção para o alto índice de violência contra os idosos e para a violação dos Direitos Humanos.
Para celebrar, o Núcleo de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia realizou na sexta-feira (15/6) uma palestra com a advogada criminalista Lúcia Maria Oliveira Rocha e com o fisioterapeuta Henry Reys para falar sobre os direitos e saúde dos idosos, respectivamente.
A palestra fez parte do encerramento do Curso para Facilitadores da Justiça baiana, iniciado no dia 4 de junho, e que capacitou sessenta pessoas para atuar na mediação de conflitos. Foram duas semanas de curso, com uma carga total de 40 horas. As aulas aconteceram no auditório do 2º Juizado Criminal, no Largo do Tanque.
Nesse período, a turma teve contato com experiências de operadores da Justiça, a exemplo da juíza Joanice Guimarães, coordenadora do Núcleo de Justiça Restaurativa, e da defensora pública Andrea Tourinho.
A problemática dos idosos na sociedade baiana é tão recorrente no Núcleo, que foi o foco da primeira edição das Audiências Temáticas, realizada pela unidade no dia 1° de junho. Na ocasião, o médico geriatra Adriano Gordilho abordou diversos aspectos sobre o processo do envelhecimento, bem como as situações minuciosas de relacionamento e cuidado com o idoso.
Do TJBA