Estudantes da Escola de Ensino Infantil e Fundamental Dom Helder Câmara, no bairro Álvaro Weyne, em Fortaleza, deram uma pausa nas aulas, nesta quarta-feira (29/08), para aprender mais sobre direitos e deveres. Eles receberam a visita do Projeto Justiça e Cidadania, coordenado pela Secretaria Especial de Planejamento e Gestão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) com apoio da Assessoria de Cerimonial.
A juíza Ana Cristina de Pontes Lima Esmeraldo, da 12ª Vara de Execução da Comarca de Fortaleza, participou de uma conversa com os alunos sobre o tema “Procurando os meus direitos – Onde e Como?”. Os estudantes, com idade entre 10 e 14 anos, receberam, de maneira bem informal, informações sobre o funcionamento da Justiça.
A magistrada abriu o encontro com uma palestra sobre ética e o papel do verdadeiro cidadão, apresentando as esferas do Poder Judiciário, suas finalidades e atribuições. Em seguida, foi realizada uma dinâmica com o grupo. Diversas perguntas envolvendo situações do cotidiano foram distribuídas entre os alunos e eles tiraram dúvidas sobre questões de família, de infância e juventude, de direito eleitoral e do consumidor.
A juíza ressaltou os benefícios do contato com as crianças e adolescentes, “de saciar curiosidades, de os alunos estarem mais próximos dessas figuras (operadores do direito) que, para muitos, é tão distante, devido ao tamanho da população e da cidade. Com a nossa visita, eles se sentem prestigiados”.
E os alunos retribuíram. Alguns fizeram questão de ocupar cadeira na primeira fila e não desviaram a atenção em nenhum momento. Um deles foi Luís Carlos, da 6ª série. O jovem de 15 anos de idade quer ser jornalista e procura estar bem informado. “Gostei mais da parte dos direitos dos cidadãos, do combate ao preconceito contra homossexuais e às drogas”, disse.
O assunto que mais despertou interesse foi “bullying” (violência física ou psicológica praticada contra pessoas consideradas diferentes em algum aspecto dentro de um grupo). Éric Albuquerque, de 13 anos de idade, confirmou que alunos maiores costumam insultar os menores e gostou das orientações da juíza. “Quem sofrer bullying deve dizer para a diretora e ela vai avisar aos pais para procurarem as autoridades”, explicou.
Depois da palestra, a diretora do Departamento de Otimização Organizacional da Seplag do Tribunal, Clara Leonor Távora, apresentou a imagem de Têmis, a Deusa grega da Justiça, aos alunos e eles mostraram conhecer as simbologias. “A balança representa a igualdade da Justiça”, disse João Lucas, da 6ª série, que foi aplaudido pelos colegas.
Ao final do encontro, alguns exemplares da cartilha “Conhecendo o Judiciário”, elaborada pelo TJCE, foram doados à biblioteca da escola e outros sorteados com os participantes, que logo começaram a leitura. “É esse despertar que a gente quer proporcionar para a cidadania”, completou a juíza Ana Cristina.
Do TJCE