Espírito Santo homenageia empresários que empregam detentos

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Por oferecerem oportunidades de emprego a detentos, 26 empresários receberam, nesta segunda-feira (13/6), o selo Ressocialização pelo Trabalho, concedido pela Secretaria de Justiça do Espírito Santo, em solenidade realizada no Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado. A Secretaria de Justiça capixaba é parceira do Programa Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que busca diminuir a reincidência criminal por meio da inclusão produtiva dos apenados.

Atualmente, 146 empresas são conveniadas à Secretaria de Justiça do Espírito Santo e empregam 1.388 detentos, tanto dentro quanto fora das unidades prisionais capixabas. Um dos requisitos para o recebimento e manutenção do Selo Ressocialização pelo Trabalho é ter empregado, nos seis meses anteriores, cinco detentos que estejam no semiaberto e/ou 10 no fechado. As empresas agraciadas podem usar a imagem do selo em seus produtos e peças publicitárias, conquistando o reconhecimento público por sua atuação social.

Presente à solenidade, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, explicou que os resultados da parceria entre o Governo do Estado e o empresariado refletem  mudança cultural, além de  novo caminho na execução de políticas públicas pela administração estadual. “O que vemos hoje nesta solenidade são pessoas recuperadas, aptas a trabalhar e ao retorno ao convívio social, além do pioneirismo de alguns empresários, que servirão de exemplo para que outras organizações possam aderir à iniciativa. Estamos, juntos, abrindo portas para quem quer construir uma vida nova”, disse Casagrande.

O evento também contou com o depoimento de quem agarrou a oportunidade de retomar a vida e hoje só tem a agradecer. “A oportunidade passa apenas uma vez na vida. Eu agarrei a que me foi dada. Fiz cursos de eletricista, bombeiro hidráulico e inclusão digital dentro do Instituto de Readaptação Social (IRS), continuei meus estudos no programa educacional e saí da unidade disposto a trabalhar. Comecei a fazer alguns bicos, trabalhei em duas empresas e hoje me tornei microempresário”, disse, em tom emocionado, o ex-detento Roberto Alves Gonzaga Júnior.

“Eu gostaria de pedir aos empresários que estão aqui que deem oportunidade de trabalho a quem sai do sistema penitenciário; tem muita gente boa que precisa de uma chance para mostrar que mudou. Se um ex-presidiário procurar por vocês, se ele está buscando, é porque ele mudou. Esta mudança é possível e eu sou a prova disso”, completou Roberto.

Jorge Vasconcellos

Agência CNJ de Notícias com informações da Secretaria de Justiça do Espírito Santo