Terça, 25 de Novembro de 2008 | |
Um grupo de juízes aposentados em Minas Gerais vai dedicar suas manhãs de 1º a 5 de dezembro para conduzirem voluntariamente 1.005 audiências da Semana Nacional pela Conciliação, agendadas para o Projeto Magistrado Conciliador. Em reunião com os magistrados, o corregedor-geral de Justiça, desembargador Célio César Paduani, contou que a conciliação foi lembrada recentemente pelo corregedor nacional de Justiça , ministro Gilson Dipp, em evento ocorrido em Tocantins, o que, sinaliza a importância do tema pra o CNJ e para todo o Judiciário. |
O diretor do Foro de Belo Horizonte, juiz auxiliar da Corregedoria, Marco Aurélio Ferenzini, explicou que os magistrados das varas cíveis foram orientados a identificar as ações onde o acordo é possível. A juíza Ângela de Lourdes Rodrigues, idealizadora do Magistrado Conciliador, fez um breve histórico do surgimento do projeto, inspirado na Semana da Conciliação de 2007. Na mesma reunião, os magistrados receberam a pauta das audiências designadas para eles. A Diretoria Administrativa preparou seis gabinetes no espaço onde antes se encontravam as varas de Fazenda, recém-transferidas para outro prédio da capital, que ficarão à disposição dos magistrados com toda a infra-estrutura necessária para a realização das audiências , além do auxílio de servidores designados para atuarem nessas audiências durante a Semana da Conciliação.
Alguns magistrados aposentados já estavam atuando no projeto desde o início, em junho, mas outros aderiram ao projeto especificamente para atuarem na Semana Nacional pela Conciliação. É o caso do juiz José Fiúza Mendes, que se aposentou na comarca de Passos. Ele tomou conhecimento do projeto pelo portal do TJMG, que disse consultar com freqüência, o que facilitou sua adesão quando convidado pela Corregedoria.
Para ele, onde houver possibilidade de se tentar o acordo, a iniciativa de buscar o acordo é válida. Ele acredita que a experiência dos magistrados aposentados em atuarem com os processos e de lidarem com as partes pode ser um diferencial do Magistrado Conciliador. “Muitas vezes, um processo atravanca por falta de uma conversa”, diz o magistrado, que já revela seu interesse em continuar no projeto e vê-lo estendido para o interior .
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional TJMG