Conselheiro Tourinho Neto encerra mandato no CNJ

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Em tom leve e descontraído, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) despediu-se nesta terça-feira (19/3) do conselheiro Fernando da Costa Tourinho Neto, desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Indicado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tourinho Neto tomou posse em agosto de 2011 e se aposentará nos próximos dias, quando completa 70 anos.

Ao se despedir de Tourinho Neto, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, agradeceu a colaboração e desejou felicidades ao conselheiro, em “sua vida pessoal e profissional”.

Ao responder aos votos do ministro, Tourinho Neto fez uma retrospectiva da convivência entre os dois magistrados. “Quando Vossa Excelência chegou aqui, levei um susto, mas o senhor conquistou a minha admiração. O senhor mostrou pulso forte nas conduções do trabalho. Vossa Excelência é duro como um diamante”, disse o conselheiro Tourinho Neto. “Muito obrigado por ter presidido este Conselho enquanto eu era conselheiro”, afirmou.

Presentes à sessão, o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Nelson Calandra, e o secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Pereira de Souza Neto, além de representantes da Procuradoria-Geral da República e da Advocacia-Geral da União (AGU), parabenizaram o magistrado.

Agradecimento  Ao recordar sua trajetória na magistratura, Tourinho Neto se disse “honrado” por encerrar a carreira como conselheiro do CNJ. “A todos, eu agradeço. Aprendi muito aqui, no saber ouvir, no procurar argumentar. Às vezes, não conseguindo arrancar nenhum voto além do meu próprio, mas tudo bem”, afirmou.

Em sua fala de despedida, o conselheiro afirmou que os juízes vivem hoje pressionados pela imprensa e criticou a decretação, segundo ele excessiva, de prisões preventivas. “Para tudo hoje se decreta a prisão preventiva, muitas vezes desnecessariamente”, disse.

Tourinho Neto brincou com os colegas de Plenário ao falar sobre a imagem e o estilo pessoal de cada um. “O conselheiro Gilberto Valente é mesmo um valente. E vem sempre com questões de ordem”, afirmou.

“O senhor desempenhou com muita honradez o cargo que lhe foi atribuído. A sua lembrança estará sempre entre nós, bem como o seu jeito alegre e brincalhão”, declarou o conselheiro Silvio Rocha. “Fico muito triste com a sua saída e lamento profundamente não ter tido mais tempo de convívio contigo”, disse o conselheiro Emmanoel Campelo. O ministro Francisco Falcão, corregedor nacional de Justiça, classificou como “marcante” a passagem do conselheiro pelo CNJ.

Tatiane Freire
Agência CNJ de Notícias