Assistência de saúde também é precária

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Se falta comida, é raro encontrar médico que trabalhe nas prisões goianas. Nas penitenciárias, presídios, cadeias públicas e carceragens inspecionadas pelo Mutirão Carcerário do CNJ, é comum não haver médico. A maior penitenciária do estado, a POG, abriga 1,4 mil presos e nenhum médico. No resto do estado, quando se encontra um médico, normalmente é funcionário das prefeituras dos municípios onde está localizada a unidade. Se não fossem as prefeituras, também não haveria os poucos enfermeiros, auxiliares de enfermagem, odontólogos que foram encontrados nas inspeções.

O Governo do Estado de Goiás informou, por meio da AGSEP, que atende os problemas de saúde nos 76 estabelecimentos penais sob sua responsabilidade com dois médicos (psiquiatras), 8 enfermeiros, 16 auxiliares de enfermagem, 6 psicólogos, 7 cirurgiões-dentistas e 9 assistentes de consultório dentário, ou seja 48 profissionais, entre contratados ou concursados.

“É imperioso que a AGSEP ou a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de Goiás se empenhe na contratação de profissionais da área de saúde que venham a ser ligados ao seu próprio quadro, procedendo-se à realização de concurso público para provimento de vagas especificamente destinadas à atuação em unidades prisionais”, recomenda o relatório do CNJ.

Manuel Carlos Montenegro
Agência CNJ de Notícias