Testes automatizados funcionais - passo a passo

De PJe
Edição feita às 12h32min de 24 de julho de 2015 por Cleiton.saturno (disc | contribs)

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Conteúdo

INTRODUÇÃO

Este documento descreve uma sequência de passos padrão para a automatização de casos de teste do Pje utilizando o framework desenvolvido pelo CNJ. O objetivo é que os desenvolvedores consigam desenvolver casos de testes unicamente baseados nesta documentação.

O framework foi desenvolvido com objetivo de separar a lógica de execução dos casos de teste dos dados necessários para a execução. Para isso, foram criados três componentes básicos para a execução:

  • um arquivo XML com os dados necessários para a execução;
  • uma classe de dados que encapsula valores dos elementos do arquivo XML em uma estrutura de fácil manipulação pelo desenvolvedor;
  • uma classe (ou mais - ver sobre fragmentos de cenários) responsável pela execução do caso de teste com base nos dados encapsulados pela classe de dados.

É importante observar que, independentemente da forma de implementação da classe de execução, obrigatoriamente devem ser criados os três artefatos descritos acima, visto que o framework está “esperando” pela existência dos três para a execução dos cenários.

A documentação completa pode ser obtida no seguinte link.

PASSO A PASSO

Este capítulo descreve uma sequência de passos sugerida para o desenvolvimento de casos de teste com base no framework criado. Trata-se apenas de uma sugestão que, com base na experiência de uso do framework, tem se mostrado eficiente para o desenvolvimento dos casos de teste do PJe.

Determinação da estrutura de dados

O primeiro passo consiste em determinar a estrutura de dados necessária para a execução do caso de teste. Numa visão similar à de um caso de uso, esta estrutura deve prever os dados necessárias para a execução de todos os cenários possíveis, tanto cenário principal, quanto cenários alternativos e de exceção.

Para isso deve-se executar manualmente o caso de teste que se pretende automatizar, de acordo com o desenho do caso de teste. Esta execução manual deve produzir uma lista de dados necessários para a execução automatizada.

A figura abaixo exibe a tela de cadastro de etnias do PJe, que é usada neste documento como exemplo para criação de um caso de teste.

TelaCadastroEtnia.png

Para a execução deste caso de teste são necessárias duas informações: a descrição da etnia e a situação. Com estas informações é possível partir para o segundo passo, que é a construção do arquivo XML com os dados para execução.

Criação do arquivo xml

O passo seguinte consiste em criar o arquivo XML para o armazenamento dos dados de execução. Este arquivo deve estar presente dentro do diretório /xml do projeto dos testes. A Figura seguinte ilustra um arquivo XML para o cadastro de Etnias no Pje.

XmlCadastroEtnia.png

O arquivo XML possui um nó raiz chamado TestCase, com alguns atributos que são apresentados em seção específica. Importante observar que o nome do nó raiz obrigatoriamente deve ser TestCase, pois este nome é esperado pelo framework. Para evitar problemas com relação à estrutura do arquivo criado, recomenda-se, quando for criado um arquivo XML para um caso de teste, que este seja duplicado a partir de um arquivo já existente, para aproveitar a estrutura já criada e testada.

O arquivo XML em questão descreve uma estrutura de um caso de teste que possui dois cenários do tipo CadastroEtnia. Importante observar que o nome do arquivo XML é CadastroEtnia.xml. Este nome deve corresponder semanticamente ao propósito do caso de teste, qual seja, o cadastro de etnias. Importante observar que os nós que descrevem cenários devem ter o mesmo nome do arquivo XML, sem a extensão .xml. Mais informações sobre a nomeclatura dos aquivos podem ser obtidas neste documento.

Os dois cenários são declarados entre as linhas 5 e 13 (cenário 1) e entre as linhas 15 e 23 (cenário 2). O nó que descreve os cenários possui alguns atributos de interesse cuja documentação está disponível pode ser acessada por aqui.

Algumas observações sobre a relação entre o arquivo XML e a página cuja execução será automatizada:

  • as linhas 8 e 9 do arquivo XML descrevem os valores necessários para o preenchimento dos campos da página. Os nomes destes nós são livres, contudo, recomenda-se que correspondam semanticamente aos nomes dos campos no PJe.
  • entre as linhas 10 e 12 são declarados os resultados produzidos pelo cenário, que poderão ser utilizados na execução dos cenários seguintes. Este nó é opcional. Contudo, caso exista, obrigatoriamente deve se chamar resultados. Dentro deste nó são declarados nós com o nome resultado (no singular). O valor declarado dentro de um nó resultado (ver exemplo na linha 11) deve corresponder exatamente ao nome de um atributo presente na classe de dados. Este atributo não precisa necessariamente estar presente no XML (apesar de frequentemente estar presente), mas, caso seja declarado em resultado, deve estar presente na classe de dados. Ainda, para ser utilizado pelos cenários subsequentes, os arquivos de dados destes cenários também devem declarar o atributo com o mesmo nome na classe de dados. Mais informações sobre o recurso de resultados de cenários podem ser acessadas aqui.

Criação da classe de dados

Após criado o arquivo XML deve-se criar a classe de dados para encapsulamento dos atributos declarados. Esta classe deve estar em um pacote definido de acordo com o padrão de estrutura da instituição. Entretanto, definido o pacote, este deve ser declarado no arquivo XML, no cabeçalho do caso de teste, conforme ilustrado na linha 3 do código fonte exibido na figura acima.

O nome do arquivo da classe de dados deve ser exatamente o nome do arquivo XML, precedido da palavra Dados. Com isso, para o arquivo CadastroEtnia.xml, o arquivo da classe de dados deverá ter o nome DadosCadastroEtnia. A figura seguinte exibe o código fonte da classe de dados do caso de teste de cadastro de etnia.

DadosCadastroEtnia.png

Algumas características da classe de dados são importantes para a execução correta do caso de teste:

  • os atributos declarados nas linhas 8 e 9 deve ter exatamente os mesmos nomes dos nós declarados nas linhas 8 e 9 do arquivo XML ilustrado pela Figura acima.
  • todos os atributos declarados devem possuir os métodos de acesso (get e set), pois estes serão utilizados pelo framework para a alimentação dos valores dos atributos.
  • classes de dados devem sempre herdar de uma das classes de dados presentes no framework. A classe em questão herdou da classe DadosCadastro. Contudo, outras classes de dados podem herdar de qualquer classe abstrata presente na hierarquia da superclasse Dados.
  • os atributos de valores atômicos declarados no arquivo XML, como é o caso daqueles dois apresentados nas linhas 8 e 9 do arquivo ilustrado pela Figura acima, são alimentados automaticamente pelo framework na classe de dados, através de reflexão. Ou seja, estes valores não precisam ser alimentados manualmente pelo desenvolvedor.
  • valores que não sejam atômicos (que sejam estruturados em nós e subnós) devem ser carregados programaticamente pelo desenvolvedor, dentro do método carregarDados. Na classe ilustrada pela figura acima não houve necessidade desta implementação, visto que todos os atributos são atômicos. O método carregarDados é invocado automaticamente pelo framework (desde de que a classe herde de alguma classe da hierarquia da superclasse Dados) e receberá como parâmetro, no caso exemplificado, um nó com o nome CadastroEtnia, como aquele descrito entre as linhas 5 e 13 da do arquivo XML acima. Cabe então ao desenvolvedor alimentar manualmente eventuais atributos compostos. Recomenda-se o estudo de alguns casos de teste que tenham atributos compostos como, por exemplo, CadastroProcesso.

Criação da classe de execução

O último passo sugerido é a criação da classe que irá efetivamente executar o caso de teste. Classes de execução são o único ponto da arquitetura em que há código Selenium. Esta classe deve ser criada no mesmo pacote em que foi criada a classe de dados, e deve ter o mesmo nome desta, sem o prefixo Dados. Para o cenário de cadastro de etnias, os arquivos terão os seguintes nomes:

  • arquivo XML: CadastroEtnia.xml
  • classe de dados: DadosCadastroEtnia
  • classe de execução: CadastroEtnia

Se não for respeitado este padrão de nomenclatura o framework não consegue instanciar dinamicamente as classes, e é lançada uma exceção do tipo ClassNofFoundException. A figura seguinte exibe o código da classe de execução do cadastro de etnia.

CadastroEtnia.java.png

Algumas considerações sobre a implementação da classe são importantes. Todas as classes de execução devem herdar de alguma superclasse da hierarquia de CenarioPJe. Esta herança obrigará a implementação do método executarTeste(), que é invocado internamente pelo framework. Além da classe CenarioPJe é possível que a herança seja feita a partir de classe CenarioPJeDocorator e suas subclasses. Esta herança obrigará a implementação dos métodos preExecucaoTeste() e posExecucaoTeste(), que também são invocadas internamente pelo framework. A ordem de invocação destes três métodos, bem como de outros presentes no framework é apresentada no diagrama de sequência ilustrado pela figura abaixo.

Erro ao criar miniatura: Arquivo aparentemente inexistente: /var/www/html/wikipje/images/c/c7/Sequencia_execução_cenário.png

O entendimento desta ordem de execução é importante para que a classe de execução seja programada corretamente. Por exemplo, o método executarTeste() deve conter apenas código referente a ações de preenchimento de campos. Por sua vez, o método preExecucaoTeste() deve conter código relativo a ações executadas antes do preenchimento dos campos como, por exemplo, código para aguardar a presença de algum componente da página que permita o início do preenchimento dos campos. Por fim, no método posExecucaoTeste() devem ser programadas ações a serem realizadas após o preenchimento dos campos como, por exemplo, um clique no botão de gravar o conteúdo da página.

Destaca-se no código apresentado na figura acima a instrução presente na linha 11. Este exemplo mostra como utilizar as informações presentes na classe de dados. Os valores presentes na classe de dados são povoados internamente pelo framework, conforme apresentado nesta seção.

Demais configurações do arquivo XML

Outras configurações estão disponíveis no arquivo XML, cuja documentação pode ser encontrada em seção específica, tais como referência a outros cenários, resultados de cenários, resultados esperados e resultados encontrados e, por fim, cenários decorados.

Além dos links acima, a seguir também são apresentados exemplos de uso destas funcionalidades.

Referência a outro cenário

Em algumas situações, dois ou mais cenários de um caso de teste diferem apenas em relação a poucos atributos de seus dados. Neste caso, é possível declarar os dados de um cenário e utilizar estes dados como referência para os dados de outros cenários. Esta declaração é feita por meio do atributo ref no nó do cenário, conforme exemplificado pela figura abaixo.

CadastroCalendario.png

O atributo ref presente no cenário descrito entre as linhas 24 e 28 indica que todos os dados devem ser copiados do cenário cujo atributo id é igual a 1. O traço vermelho na figura indica a correspondência entre os cenários. Esta declaração instrui o framework a preencher o cenário 2 com todos os valores de atributos do cenário 1. Importante observar que o cenário 2 declara o atributo situacao, com valor false. Desta forma o framework irá utilizar todos os dados do cenário 1 para a execução do cenário 2, exceto o atributo situacao, que sobrescreverá o valor “herdado” do cenário 1.

Cenários decorados

Em algumas situações a execução de um determinado cenário é idêntica à execução de outro cenário, com algumas ações a mais. Este comportamento é compatível com o padrão de projeto Decorator. Este padrão permite adicionar dinamicamente funcionalidades a um objeto. O framework implementa internamente este padrão quando é declarado o atributo decorator no cenário do arquivo XML. A figura seguinte apresenta um exemplo do uso do atributo decorator.

AlteracaoEtnia.png

O comportamento esperado do padrão Decorator ocorre frequentemente nos cenários de cadastro e de alteração. Uma alteração executa basicamente as mesmas ações de um cadastro, com algumas ações adicionais antes ou depois do que é executado no cadastro. A declaração do atributo decorator na linha 9 indica que o cenário AlteracaoEtnia irá decorar o cenário CadastroEtnia, e utilizará os dados do cenário cujo id é igual a 2 (atributo refDecorator). Em outras palavras, internamente, quando o framework executar o método executarTeste() do cenário AlteracaoEtnia, ele executará também o mesmo método do cenário CadastroEtnia. O atributo refDecorator pode ter dois comportamentos distintos:

  • se estiver presente (como é o caso do exemplo da figura), instruirá o framework a executar o cenário decorado por meio do cenário decorador, com os dados do cenário decorado. Ou seja, o cenário AlteracaoEtnia irá executar internamente o método executarTeste() do cenário CadastroEtnia com os dados presentes no arquivo CadastroEtnia.xml no nó cujo id é igual a 2.
  • se estiver ausente, instruirá o framework a executar o cenário decorado por meio do cenário decorador, com os dados do cenário decorador. Ou seja, o cenário AlteracaoEtnia irá executar internamente o método executarTeste() do cenário CadastroEtnia, porém, com os dados presentes no arquivo AlteracaoEtnia.xml.

Resultados esperados e resultados encontrados

Alguns casos de teste exigem a conferência dos resultados produzidos pela sua execução. Por exemplo, em uma pesquisa de processos, uma lista de processos é esperada após a execução do cenário. Esta lista de processos esperados pode ser declarada no nó resultadosEsperados. A figura abaixo apresenta um exemplo de uso do atributo.

ConsultaEtnia.png

O nó resultadosEsperados sempre terá como filhos outros nós que representam classes implementadas pelo programador. No arquivo em questão, a declaração presente entre as linhas 9 e 15 indica que se espera que o resultado da execução do cenário seja um registro cujos valores serão encapsulados em uma classe chamada Etnia. Esta classe, por sua vez, terá os atributos etnia, registroAtivo e situacao. Esta classe deverá declarar todos os métodos de acesso, alén de um construtor vazio e um construtor com todos os parâmetros. Além disso, todas as classes que estiverem declaradas no nó resultadosEsperados devem herdar da superclasse ResultadosBase. Esta superclasse contém uma implementação dos métodos equals(), hashCode() e toString() necessários para a execução correta do framework. A figura seguinte apresenta a implementação de uma classe de resultado esperado.

ConsultaEtnia.java.png

Embora a definição de um construtor com parâmetros não seja obrigatória, ela facilitará a implementação das classes de execução de consultas.

Com esta definição no arquivo XML o framework montará uma lista com os objetos esperados após a execução do cenário. Este lista será utilizada posteriormente para comparação com os resultados listados na página de execução das consulta, conforme documentação disponível nesta página.

Configurações do arquivo test.properties

Esta seção descreve as configurações disponíveis no arquivo test.properties para o completo funcionamento do framework. Os parâmetros de execução devem ser configurados em pares de chave e valor. A figura seguinte apresenta um exemplo de um arquivo com as configurações preenchidas.

Testproperties.png

As seguintes chaves estão disponíveis para configuração:

  • xml.path: indica o diretório em que estão armazenados os arquivos xml dos cenários. Pode ser informado um caminho absoluto ou um caminho relativo ao diretório de execução da aplicação que será testada. Se não for informado o framework considera que os arquivos xml estão no mesmo diretório de execução da aplicação.
  • timeout.padrao: intervalo de tempo, em segundos, que o framework aguarda até encontrar um elemento em uma página html. Se dentro deste intervalo de tempo o elemento não for encontrado é lançada uma exceção do tipo NoSuchElement. Se não for informado um valor para este parâmetro o framework considerará um timeout de 2 segundos.
  • evidencias.sucesso: o framework permite a geração de arquivos PDF com as evidências (imagens) das execuções dos testes. Este parâmetro indica se devem ser gerados arquivos PDF com as evidências de execuções bem sucedidas dos casos de teste.
  • evidencias.erro: indica se devem ser gerados arquivos PDF com as evidências de execuções mal sucedidas dos casos de teste.
  • evidencias.classe.gerenciadora: o framework exige que seja implementada uma classe gerenciadora das evidências de execução. Este parâmetro indica o nome da classe, que é instanciada automaticamente durante a execução dos testes. Se este parâmetro estiver ausente ou se a classe informada não existir não serão geradas as evidências.
  • evidencias.nome.projeto: nome do projeto que é adicionado no cabeçalho do arquivo de evidências. Se o parâmetro estiver ausente é gerado automaticamente o texto "não definido. Verifique o arquivo pom.xml".
  • evidencias.nome.usuario.teste: nome do usuário responsável pelos testes automatizados que é adicionado no rodapé do relatório de evidências. Se o parâmetro estiver ausente é gerado automaticamente o texto "não definido. Verifique o arquivo pom.xml".
  • evidencias.nome.arquivo.relatorio: prefixo do nome do arquivo do relatório de evidências. O nome completo do arquivo incluir, além deste prefixo, a data e hora de geração. Se este parâmetro não for definido o nome do arquivo conterá apenas a data e hora de geração.
  • evidencias.nome.pasta: indica o diretório em que estão armazenados os arquivos de evidência de execução dos cenários. Pode ser informado um caminho absoluto ou um caminho relativo ao diretório de execução da aplicação que será testada. Se não for informado o framework considera que os arquivos estão no mesmo diretório de execução da aplicação.
  • api.testlink.integrar: indica se há intergração dos testes automatizados com a ferramenta TestLink. Se o valor deste parâmetro for false nenhum dos demais parâmetros da integração com o TestLink é considerado. Se não for informado o framerwork considerará que não há integração. A documentação sobre a configuração da integração pode ser obtiva neste link
  • api.testlink.url: indica a url da biblioteca de integração com o TestLink. Se este parâmetro estiver ausente a integração não ocorrerá.
  • api.testlink.chave: a integração com o TestLink é executada a partir de uma chave gerada pela própria ferramenta para o usuário. Este link contém maiores informações sobre a geração desta chave. Se este parâmetro estiver ausente a integração não ocorrerá.
  • api.testlink.nome.projeto: nome do projeto do TestLink em que serão gravados os dados de execução dos testes. Se este parâmetro estiver ausente a integração não ocorrerá.
  • api.testlink.reportar.sucesso: indica se devem ser gravados no TestLink informações de execuções bem sucedidas dos testes. Se este parâmetro estiver ausente o framework considerará que não devem ser gravados dados de execuções bem sucedidas.
  • api.testlink.reportar.erro: indica se devem ser gravados no TestLink informações de execuções com erros. Se este parâmetro estiver ausente o framework considerará que não devem ser gravados dados de execuções com erros.
  • api.testlink.anexar.evidencias.sucesso: este parâmetro somente faz sentido se o parâmetro APITestLinkReportarSucesso estiver marcado como true. Indica se deve ser gravado no TestLink, juntamente com as informações das execuções bem sucedidas, o arquivo de evidências da execução.
  • api.testlink.anexar.evidencias.erro: este parâmetro somente faz sentido se o parâmetro APITestLinkReportarErro estiver marcado como true. Indica se deve ser gravado no TestLink, juntamente com as informações das execuções mal sucedidas, o arquivo de evidências da execução.
  • log.falha: o framework gera no console da IDE uma série de logs com informações sobre a execução. Este parâmetro indica se devem ser gerados no console os logs das falhas ocorridas na execução.
  • log.erro: indica se devem ser gerados no console os logs dos erros ocorridas na execução.
  • log.warning: indica se devem ser gerados no console os logs dos alertas ocorridas na execução.
  • log.info: indica se devem ser gerados no console os logs das informações ocorridas na execução.
  • log.sucesso: indica se devem ser gerados no console os logs informando sucesso das execuções.
  • consultas.xpath.padrao: xPath padrão da tabela de retorno dos resultados das páginas de consultas. Este atributo é equivalente ao xPathPadrao apresentado nesta seção. O framework procura primeiro pelo valor definido em xPathPadrao no arquivo xml do cenário. Se for encontrado este será o valor utilizado para encontrar a tabela com os resultados. Caso o parâmetro esteja ausente é considerado o valor presente o parâmetro xPathPadraoConsultas. Lembrando que este parâmetro é válido para todas as tabelas de resultados de consultas, enquanto aquele é válido apenas para o cenário de consulta em que foi definido.
  • consultas.deslocamento.padrao: tem a mesma funcão do atributo deslocamentoColuna definido nesta seção. O framework procura primeiro pelo valor definido em deslocamentoColuna no arquivo xml do cenário. Se for encontrado este será o valor utilizado para encontrar o valor na coluna da tabela. Caso o parâmetro esteja ausente é considerado o valor presente o parâmetro deslocamentoPadraoConsultas. Lembrando que este parâmetro é válido para todas as colunas de todas as tabelas de resultados de consultas, enquanto aquele é válido apenas para as colunas do cenário de consulta em que foram definidos.
  • url.acesso.default: url que é usada como padrão para execução dos casos de teste. O framework procura primeiro por uma url definida no cenário de teste, conforme apresentado nesta seção. Caso não exista é procurada por uma url definida no arquivo indexador de cenários, conforme exemplificado nesta seção. Se também não for encontrada a url o framework procura pela definição urlAcessoDefault no arquivo test.properties. Se nenhuma das três definições de url for encontrada o cenário de teste não é executado.
  • acoes.fase.quantidade: indica a quantidade de fases de execução existente em cada cenário. Caso sejam criadas novas fases ou suprimidas fases existentes, o valor deste atributo deve ser atualizado para corresponder à realidade.
  • acoes.fase.padrao: indica a fase padrão para execução das ações automáticas, caso não haja definição de fase na configuração da ação do arquivo xml do cenário.

Fases de execução do cenário

Conforme descrito nesta seção, o desenvolvedor cria código para execução apenas nos métodos executarTeste(), preExecucaoTeste(), posExecucaoTeste() da classe de execução. Apesar de o desenvolvedor de cenários ter contato apenas com estes três métodos, várias outras ações são executadas automaticamente pelo framework a partir das configuração dos arquivos xml de cenários e de casos de teste. Estes três métodos são executados nas fases 2, 4 e 5, respectivamente. Entretanto, há 10 fases no processo de execução de um cenário, cujos comportamentos são apresentados a seguir:

Fase 1: ocorre na execução do método preTeste(), descrito nesta seção.

Fase 2: ocorre na execução do método preExecucaoTeste(). Este é um método implementado pelo desenvolvedor do cenário de teste.

Fase 3: ocorre na execução do método executarCenarioDecorator(), descrito nesta seção.

Fase 4: ocorre na execução do método executarTeste(), descrito nesta seção. Esta é a fase que, por padrão, as ações automáticas são executadas caso não seja informada uma fase diferente no arquivo xml do cenário. Este valor padrão é definido no arquivo test.properties.

Fase 5: ocorre na execução do método preExecucaoTeste(). Este é um método implementado pelo desenvolvedor do cenário de teste.

Fase 6: ocorre na execução do método conferirResultados(), descrito nesta seção.

Fase 7: ocorre na execução do método exibirMensagemPosExecucao(), descrito nesta seção.

Fase 8: ocorre na execução do método carregarObjetoResultadosCenario(), descrito nesta seção.

Fase 9: ocorre na execução do método posTeste(), descrito nesta seção.

Fase 10: ocorre imediatamente após a execução do método posTeste(), e encerra a execução do cenário. É uma fase teórica, em que nenhuma ação é executada, mas que permite que seja definida como fase para a execução de ações automáticas antes do encerramento do cenário.

AÇÕES AUTOMÁTICAS

O framework disponibiliza algumas ações automáticas que podem ser declaradas pelo desenvolvedor de cenários. Por exemplo, o preenchimento de uma caixa de texto pode ser configurada como uma ação automática, assim como o click de um botão. A vantagem de declarar ações automáticas é que libera o desenvolvedor de programar código selenium para a execução destas ações. Atualmente são disponibilizadas as seguintes ações automáticas:

  • preenchimento de campos
  • clique em elementos (botões, opções de combobox)
  • aguardar determinado período de tempo
  • aguardar determinado elemento html

O comportamento das ações são apresentados nas seções seguintes.

Preenchimento de campos (fill)

O preenchimento de campos necessita das seguintes informações configuradas no arquivo XML:

  • tipo da ação.
  • tipo do elemento html que será preenchido.
  • id do elemento html ou texto do label descritido do elemento que será preenchido.
  • valor (conteúdo) que a ser preenchido no elemento

Tipicamente o preenchimento é executado em elementos input do tipo text, mas também pode ser realizado em elementos textarea, por exemplo. O código em xml abaixo apresenta uma exemplo de declaração de ação de preenchimento de campo.

AcaoPreencher.png

O exemplo acima apresenta duas ações automáticas declaradas para preenchimento de campos de usuário e senha. Importante notar que os atributos tipo, element e valor são obrigatórios para que seja possível encontrar o elemento que se deseja preencher. O tipo de ação relativo a preenchimento de campos é o fill.

Clique em elementos (click)

A ação de clique é geralmente executada sobre botões e links. O exemplo abaixo apresenta a declaração de um clique sobre um botão.

AcaoClicar.png

A ação de clicar exige que sejam informados os atributos tipo, element e htmlid. Alternativamente, em vez de informar o atributo htmlid (que define o id do elemento html) pode ser informado um texto (atributo htmltext) a partir do qual é encontrado o elemento a ser clicado. Também pode ser informado o value do elemento html (atributo htmlvalue). Ou seja, um dos três atributos (htmlid, htmltext ou htmlvalue) devem obrigatoriamente ser informados para que seja possível encontrar o elemento a ser clicado.

Aguardar (wait)

A ação de aguardar permite que seja definida uma pausa antes que a próxima ação seja executada. O exemplo abaixo apresenta a declaração de uma pausa de de 1 segundo antes de proseguir com a execução de outras ações.

AcaoWait.png

A ação de pausa exige que sejam informados apenas os atributos tipo e valor, este último correspondendo ao tempo que se deve aguardar antes de proseguir com a execução das demais ações declaradas.

Aguardar por algum elemento (waitFor)

Em muitos casos, antes de se proseguir com a execução de outras ações deve-se aguardar por algum elemento html na página. Na verdade, aguarda-se que ocorra alguma coisa com algum elemento na página. Os seguintes tipos de ocorrências podem ser aguardados:

  • aguardar que determinado element esteja presente na página
  • aguardar que determinado elemento deixe de estar presente na página
  • aguardar que determinado elemento seja clicável
  • aguardar que determinado elemento esteja visível na página
  • aguardar que determinado elemento deixe de estar visível na página

O exemplo abaixo ilustra a configuração de uma ação de aguardar a presença de um elemento na página.

AcaoWaitFor.png

A ação de aguardar um elemento exige que sejam informados apenas os atributos tipo, subtipo, element e htmlid. Alternativamente, em vez de informar o atributo htmlid (que define o id do elemento html) pode ser informado um texto (atributo htmltext) do elemento que se deseja aguardar. Também pode ser informado o value do elemento html (atributo htmlvalue). Ou seja, um dos três atributos (htmlid, htmltext ou htmlvalue) devem obrigatoriamente ser informados para que seja possível encontrar o elemento a ser aguardado.

A partir do atributo subtipo é que se define o que se deseja aguardar do elemento em questão. Os valores e comportamentos representados pelo atributo são os seguintes:

  • presenca: aguarda a presença (independentemente de estar visível ou não) de um determinado elemento na página.
  • ausencia: aguarda que um determinado elemento deixe de estar presente na página.
  • visivel: aguarda que um determinado elemento esteja visível na página.
  • nao-visivel: aguarda que um determinado elemento deixe de estar visível na página.
  • clicavel: aguarda que um determinado elemento seja clicável na página.

Outras configurações das ações

Dependendo do tipo de ação (atributo tipo da declaração xml) alguns atributos são obrigatórios e outros opcionais. Além dos atributos já apresentados, há outros atributos opcionais a serem conhecidos. São todos atributos opcionais que, quando configurados, alteram o comportamento das ações automáticas. A figura seguinte apresenta uma ação configurada com todos os atributos opcionais disponíveis.

AtributosOpcionais.png

Identificador das ações

Definido por meio do atributo id, identifica unicamente a ação dentro do cenário. Este identificador pode ser usado para recuperar a ação em tempo de programação, através da chamada do método do gerenciador de ações (que é acessado por meio da classe de dados). Isso permite a execução da ação também de forma manual. A figura seguinte ilustra um trecho de código que contém uma chamada de ação por meio de seu identificador.

ChamadaGetAcao.png

Execução manual de ações

Por padrão as ações configuradas no cenário são executadas automaticamente. Contudo, caso se deseje configurar a ação apenas para execução manual, pode-se utilizar o atributo auto, setando seu valor como false, para indicar que o framework não deve executar esta ação automaticamente. A figura exibida nesta seção também apresenta um exemplo de uso do atributo auto. Importante observar na figura acima que para execução manual da ação deve ser invocado o método executarManualmente(), pois o método executar() somente executará a ação se o atributo auto estiver definido como 'true'.

Fases de execução

Por padrão as ações são sempre executadas na fase 4, ou em outra fase descrita no arquivo test.properties. Contudo, algumas ações eventualmente precisam ser realizadas em outras fases da execução do cenário. Para indicar em qual fase a ação deve ser executadas pode-se utilizar o atributo fase, também ilustrado na imagem descrita nesta seção. Deste modo, sendo informada uma fase na definição da ação, esta será executada imediatamente antes do início da fase indicada. No exemplo ilustrado pela imagem, a ação do tipo click será executada imediatamente antes do início da fase 5 de execução do cenário, ou seja, antes da execução do método posExecucaoTeste().

Considerações sobre ações automáticas

O uso de ações automáticas visa eliminar as seguintes definições:

  • declaração de atributo de dados no arquivo xml (ver esta seção);
  • declaração de respectivo atributo na classe de dados (ver esta seção);
  • implementação do método executarTeste() da classe de execução (ver esta seção);.
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