O poeta cordelista pernambucano Manoel Monteiro vai assinar a cartilha “Cordel da Conciliação”, que vai expressar, em forma de poesia, os benefícios do acordo trabalhista. O lançamento da obra literária será feito no auditório do Fórum Maximiano Figueiredo, em João Pessoa, pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nucon) do Tribunal do Trabalho da Paraíba em 2 de dezembro, data em que se inicia a Semana Nacional da Conciliação do Poder Judiciário.
A Semana Nacional de Conciliação ocorre anualmente desde 2006 e tem a participação de todos os tribunais federais, estaduais e trabalhistas. Consiste na seleção dos processos com possibilidade de acordo e na intimação das partes para a solução dos conflitos de forma pacífica.
O Nucon é coordenado pela juíza Nayara Queiroz, responsável pela adoção da proposta de conciliação humanística, a qual qualifica o ato judicial da tentativa conciliatória ao propor que o magistrado atue como facilitador do diálogo. “É gratificante ver a satisfação comprovada pelos advogados e partes”, disse a magistrada. O Núcleo foi criado pela Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesse.
O poeta Manoel Monteiro nasceu em 1937 em Pernambuco. Logo nos primeiros anos. Teve aproximação com os folheteiros, coquistas e violeiros. Como não tinha aptidão para o improviso, começou escrever versos. Vendeu folhetos de feira em feira, deixou Pernambuco e aportou em Campina Grande, onde vendeu versos de terceiros, até publicar seu primeiro cordel, em 1953, na gráfica do poeta Manoel Camilo dos Santos, autor do clássico Viagem a São Saruê.
O poeta faz parte da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, que tem sede no Rio de Janeiro, onde foi eleito “o cordelista do ano” em 2010. Também integra o corpo do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri Paraibano.
Fonte: TRT-PB