Tribunais são homenageados por iniciativas que priorizam demandas de pessoas idosas

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Premiação do Selo Tribunal Amigo da Pessoa Idosa, no Auditório do Conselho Nacional de Justiça - Foto: Ana Araújo/CNJ.

Iniciativas de 25 tribunais, que desenvolveram ações efetivas para assegurar a prioridade de atendimento e o respeito aos direitos da pessoa idosa, foram destacadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a concessão do selo Tribunal Amigo da Pessoa Idosa. A solenidade de premiação ocorreu nesta terça-feira (21/10) e contou com a presença de representantes dos tribunais homenageados.

Entre os 25 ganhadores, os três que tiveram a maior pontuação foram o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Veja a lista dos tribunais contemplados

A corte do Pará tem, entre os projetos desenvolvidos, o Painel Pessoa Idosa em Foco, que possibilita o monitoramento de processos com transparência, eficiência e foco na celeridade. Já no TJGO, o destaque fica com o projeto Mais Justiça Idoso, que, em parceria com outras entidades, leva atendimento jurídico e social a pessoas idosas.

A política institucional do TJDFT abrange tanto o público externo quanto servidores e servidoras da Casa com mais de 60 anos. Enquanto os jurisdicionados têm preferência na tramitação processual e no pagamento de precatórios, o público interno conta com a Política de Gestão Intergeracional e o projeto AposentAÇÃO, que visa minimizar a probabilidade do surgimento de transtornos de saúde física e emocional nos anos que antecedem e sucedem a aposentadoria.

Desigualdades

Dados levantados pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ), em 2024, indicam que em todos os ramos da Justiça e em todas as instâncias, os processos das pessoas idosas tramitam com morosidade maior do que das pessoas não idosas, apesar da prioridade legal assegurada pelo Estatuto do Idoso. A informação foi ressaltada pelo presidente do Comitê Nacional das Pessoas Idosas e suas Interseccionalidades, conselheiro Pablo Coutinho Barreto, ao abrir o evento.

“É algo concreto e que precisamos enfrentar porque há estratégias de mapearmos essas situações”, ressaltou Coutinho. Ele ainda enfatizou que a pessoa idosa é invisibilizada e o Poder Judiciário tem caminhado para assegurar direitos por meio de diversas políticas, como demonstram as iniciativas reconhecidas pelo selo.

Presente na mesa de abertura, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sérgio Kukina comparou a simetria entre o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto da Pessoa Idosa. “Os dois ressaltam a proteção integral desses públicos”, disse. Ele ainda salientou o artigo 8º do segundo estatuto. “O envelhecimento é um direito personalíssimo, e a sua proteção, um direito social”.

Ao lado de Coutinho e Kukina, o conselheiro Guilherme Caputo também fez a entrega das placas comemorativas aos representantes dos tribunais vencedores.

Acesse mais fotos da entrega do Selo Tribunal Amigo da Pessoa Idosa no Flickr do CNJ
Premiação do Selo Tribunal Amigo da Pessoa Idosa, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

 

Texto: Margareth Lourenço 
Edição: Thaís Cieglinski 
Revisão: Caroline Zanetti
Agência CNJ de Notícias

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