TJMS vai destinar seis vagas para detentos na construção do anexo

Compartilhe

O Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (MS) vai contratar seis detentos para trabalhar na construção do anexo do prédio da Secretaria da Corte em Campo Grande. A iniciativa busca contribuir com a ressocialização dos detentos, promovendo oportunidades de reintegração no mercado de trabalho. As vagas serão destinados aos presos do regime aberto e semi-aberto que participaram do projeto “Construindo Liberdade”, do governo do estado, que já capacitou cerca de 200 detentos de Campo Grande para trabalharem como pedreiros e eletricistas.

A busca pela reinserção social dos presos é apoiada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da campanha Começar de Novo, destinada a sensibilizar a população para a necessidade de recolocação no mercado de trabalho e na sociedade dos egressos do sistema carcerário. Atualmente, detentos que cumprem pena em regime aberto e semi-aberto em Campo Grande trabalham na limpeza dos Parque das Nações Indígenas e no Parque dos Poderes, ambos na capital mato grossense, o que gera uma economia anual de R$ 1 milhão aos cofres públicos.

Segundo dados do Conselho da Comunidade de Campo Grande, a taxa de reincidência em crimes cai de 80% para 5% nos casos de homens e mulheres que buscam uma reinserção na sociedade e no mercado de trabalho. Porém, a oferta de emprego ainda é escassa, devido ao grande “preconceito em relação à pessoa que acaba de sair da prisão”, segundo o presidente do Conselho na Capital, Nereu Rios. Conforme o juiz de execução penal Albino Coimbra Neto, o projeto Construindo Liberdade serve como modelo para que a experiência se estenda a outros presos. Além disso, a cada três dias de curso ou trabalho, um é diminuído na pena a ser cumprida pelo preso.

 

MB/SR

Agência CNJ de Notícias com informações do TJMS