Envelhecer com voz, estilo e representatividade. Foi com essa mensagem que o projeto “Vestindo Histórias: moda, etarismo e empoderamento” encerrou suas atividades na última quinta-feira (23/10), no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES). O evento reuniu participantes do projeto, autoridades, familiares e convidados para um desfile que traduziu, em forma e cor, a luta contra o etarismo e o fortalecimento da autoestima.
Moda como expressão e resistência
Iniciado em abril, o Vestindo Histórias ofereceu nove oficinas presenciais sobre moda, identidade e etarismo. Sob coordenação do professor e estilista Josué Vasconcelos, as participantes, todas mulheres com mais de 60 anos, exploraram suas vivências por meio da criação de looks que refletem suas trajetórias e personalidades.
“Elas passaram a levar em conta e a valorizar o que é estar conectada à vida de uma maneira produtiva, eficiente e positiva”, destacou o estilista.
Participante do projeto, a aposentada Fátima Passos, de 65 anos, conta sobre o sentimento que ficou. “Com o tempo, nós idosos somos colocados de lado, mas o projeto mostrou que ainda temos espaço e isso foi fantástico”, disse.
Realizado pelo Subcomitê Gestor Regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade (Subcopergd), em parceria com a Faesa Centro Universitário e apoio da Escola Judicial (Ejud-17) e do Subcomitê de Atenção às Pessoas Idosas (Subcoidoso), o projeto foi selecionado em edital nacional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade da Justiça do Trabalho.
Clique aqui e acesse o álbum de fotos do evento
Visibilidade e valorização
O evento contou ainda com duas rodas de conversa, mediadas pela desembargadora Sônia das Dores Dionísio Mendes e pelo juiz Roberto José Ferreira de Almada, com participação das professoras Vanise Lima e Silva Cavalheiro e Edilene Souza Neves, que ampliaram o debate sobre representatividade, envelhecimento e expressão pessoal.
“É um projeto emocionante onde mulheres puderam contar suas histórias através dos looks”, afirmou a juíza Rosaly Stange Azevedo, uma das gestoras regionais do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade.
Para o coordenador do Subcopergd, juiz Fábio Eduardo Bonisson Paixão, o respeito à diversidade, à pessoa idosa e à mulher é uma campanha eterna. “Essa é uma campanha que precisamos fazer sempre, e o tribunal está cumprindo o seu dever de casa”, disse.
Histórias que vestem dignidade
O encerramento reuniu participantes, alunos voluntários do curso de Design de Moda da Faesa e representantes do TRT-17 para celebrar o resultado coletivo de meses de aprendizado e trocas. Cada peça apresentada no desfile simbolizou identidade, autonomia e reconhecimento, reafirmando o papel da Justiça do Trabalho na promoção da equidade e no combate à discriminação etária.
“O objetivo do projeto é proporcionar oportunidade de autoestima, dignidade e valorização”, destacou a desembargadora Sônia das Dores Dionísio Mendes, que representou a Presidência do TRT-17 na solenidade.
