Poder Judiciário inicia novo ciclo de apuração do iGovTIC-JUD

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Fotoarte: TRT12
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Segurança e proteção de dados, governança de TIC, transformação digital e inteligência artificial são algumas variáveis incluídas no questionário para apuração do Índice de Governança, Gestão e Infraestrutura em Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário em 2021 (iGovTIC-Jud 2021), que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aplica, a partir desta quarta-feira (15/9), para todos tribunais brasileiros. As instruções para o preenchimento constam da Portaria CNJ n. 211/2021, que traz o anexo com o manual do iGovTIC-Jud.

A ação integra o novo ciclo da Estratégia Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário, que estabelece as diretrizes para o período 2021 a 2026 e tem como meta elevar para satisfatório o grau de maturidade em TI de 75% dos órgãos da Justiça até dezembro de 2026. O resultado do iGovTIC-Jud também é computado como pontuação  para o Prêmio CNJ de Qualidade, iniciativa que reconhece o trabalho dos tribunais e é entregue nos encontros nacionais do Judiciário.

Para responder as questões, os tribunais receberão, por e-mail, o link e as chaves de acesso à plataforma com as perguntas, que deverão ser respondidas em 10 dias. Após a primeira avaliação do CNJ, a plataforma será reaberta e os tribunais terão mais dois dias para efetuar ajustes. A previsão é que os resultados sejam divulgados no final do mês.

Este é o segundo ciclo de apuração do iGovTIC-Jud, que classifica o grau de maturidade em Governança, Gestão e Infraestrutura TIC, de cada Tribunal, como Excelente, Aprimorado, Satisfatório e Baixo. A etapa anterior foi concluída no ano passado.

De acordo com o chefe da Seção de Gestão Estratégica de TIC  do CNJ, Igor Guimarães Pedreira, resultados do ciclo anterior demonstram que os tribunais investiram em ações de melhoria na governança, gestão e infraestrutura de TIC. “O grau de maturidade dos órgãos evoluiu e, em 2020, a maior parte dos tribunais foi classificada como Aprimorada – e não como Satisfatória, como em 2016, início da apuração. No ano passado, 58 tribunais superaram a meta e se tornaram Aprimorados, 17 Satisfatórios e 17 atingiram a Excelência. Não temos cortes com nível de maturidade baixa”.

Pedreira destaca que o novo iGovTIC-Jud foi desenvolvido em alinhamento às diretrizes estratégicas da Resolução CNJ n. 370/2021, resultando em um novo formato, com novas questões, que exigirão adequação por parte dos tribunais. A implementação conta com uma regra de transição, que inclui flexibilização das faixas de pontuação. “No primeiro ano, haverá um score menor para se alcançar os graus de maturidade, considerando que é um período de adaptação. Já no ano seguinte, adotaremos as faixas previstas anteriormente.”

A importância dos avanços, na análise do chefe de Seção, se torna concreta quando se avalia a melhoria no atendimento e nos serviços disponibilizados pelo Poder Judiciário. De acordo com ele, “a tecnologia da informação é um meio para tudo, a base para prestar serviços qualificados para o cidadão”.

Inovação

O novo ciclo do iGovTIC-Jud também produzirá um diagnóstico complementar para apurar o grau de inovação, uso de inteligência artificial e execução orçamentária nos tribunais. O juiz auxiliar da Presidência do CNJ Fábio Porto ressalta que o objetivo é aferir o nível de cumprimento das diretrizes estratégicas de nivelamento e também buscar o aperfeiçoamento dos agentes viabilizadores de governança de TI. “O diagnóstico é obtido por meio de questionário respondido pelos órgãos do Poder Judiciário. Com base nas respostas, é publicado o Painel que apresenta o nível de maturidade de cada tribunal.”

O magistrado explica que a nova Estratégia Nacional dividiu os viabilizadores de governança em dois grandes domínios: Governança e Gestão de TIC; e Gerenciamento de Serviços de TIC. O primeiro trata de políticas e planejamento de políticas, transformação digital, atendimento e suporte ao usuário, estruturas organizacionais e macroprocessos. O segundo está voltado para o gerenciamento de sistemas de informação, infraestrutura tecnológica e serviços em nuvem, riscos, segurança da informação e proteção de dados.

“A questão da segurança e proteção de dados é outra novidade e que está em sintonia com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). É uma lei nova que, à época da edição da Resolução nº 211/2015, não existia”, explica. Porto destaca que o novo levantamento é realizado em aderência às demais resoluções do CNJ que tratam da transformação digital do Poder Judiciário e da instituição da Estratégia Nacional de Segurança Cibernética do Poder Judiciário. “O novo questionário tem essa visão. Ele também é mais conciso, com perguntas mais objetivas e claras e uma simplificação da metodologia.”

Jeferson Melo
Agência CNJ de Notícias