O juiz-corregedor Pedro Walicoski Carvalho, titular da Vara de Execução Penal da comarca de Itajaí, passou a contar nesta semana com uma ferramenta ágil para acompanhar a situação no Complexo Prisional do Vale do Itajaí – Canhanduba. Ele obteve, em ação conjunta do Tribunal de Justiça com a Secretaria de Justiça e Cidadania e o Departamento de Administração Prisional (Deap), a disponibilização de imagens em tempo real das mais de 100 câmeras de monitoramento da penitenciária, do presídio e do anexo do regime semiaberto que integram o complexo.
A ideia foi proposta por Walicoski, após observar o sistema de monitoramento, e aceita pelo Executivo e Judiciário. O Canhanduba, como é conhecido, tem 367 presos na penitenciária e 120 no anexo em regime semiaberto. Segundo o magistrado, a situação mais complicada é a do presídio, com 367 vagas e 545 presos, mas há perspectiva de desafogar a unidade com a construção de um anexo em Balneário Camboriú. Walicoski monitora todas as atividades, tanto de seu gabinete como de casa. Há menos de um ano, o complexo tem administração terceirizada, com gerência e fiscalização feita pelo Deap.
A empresa contratada mantém quadro de 350 funcionários e oficinas para os presos. Atualmente, são oferecidas aulas de alfabetização, e funcionam oficinas de solda e de fabricação de redes esportivas e cadeiras de rodas. Estas últimas são distribuídas a asilos e hospitais. Além disso, 12 presos trabalham na cozinha, sob a supervisão de um chefe de cozinha e de um nutricionista.
A partir de janeiro do próximo ano, funcionará uma unidade da empresa Fischer, para produção em escala industrial. Para isso, o espaço está sendo adaptado. A atividade oferecerá ocupação para mais 72 detentos. Apesar de contar com as imagens, Walicoski mantém a rotina de visitas semanais a todas as unidades sob sua jurisdição, o que inclui, além do complexo, o Presídio Regional de Itajaí, onde 220 detentas cumprem pena. Nesta unidade, gerida pelo Deap, é mantida oficina de confecção de biquínis.
Do TJSC