No dia 19 de junho, o Brasil celebra o “Dia Nacional do Luto”. Lidar com pessoas em luto exige sensibilidade, empatia e compreensão. Ouvir ativamente, estar presente sem julgamentos e oferecer apoios práticos nas atividades diárias pode ser reconfortante. No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Seção de Qualidade de Vida no Trabalho e Atendimento Psicossocial (SEQVT) está disponível para acolhimento, oferecendo apoio emocional e psicológico a todos que necessitam.
Se você está enfrentando o luto pela perda de entes queridos, entre em contato com o SEQVT pelos seguintes canais: telefone 2326-5134 / 98452-5215 (Meg) ou e-mail qvt@cnj.jus.br.
Para muitas pessoas, esse dia representa mais uma etapa em uma longa jornada de altos e baixos, marcada por saudade e pela ausência de ritos de passagem que permitiriam uma despedida digna. Para quem não está vivendo essa realidade, a data serve como um momento de conscientização e de oferecer suporte àqueles que estão enlutados.
A celebração do dia é uma forma de refletir sobre os sentimentos de perda e prestar homenagem à memória de quem partiu, especialmente em um período tão marcado pelo sofrimento coletivo. A pandemia deixou muitas famílias com a sensação de um “corte” na história de suas vidas, sem o consolo de uma despedida adequada. Além de ser um lembrete da fragilidade da vida, o Dia Nacional do Luto é também um chamado à empatia e à solidariedade, reforçando a importância de estar presente para aqueles que estão enfrentando essa dor.
De acordo com Elisabeth Kübler-Ross, “o luto é a resposta natural e inevitável à perda significativa. É a forma que encontramos para processar a ausência e nos adaptar a uma nova realidade sem a presença física de quem amamos.”
Falar sobre morte, muitas vezes um tema rodeado de tabus, é essencial para que o luto seja compreendido e as pessoas enlutadas recebam o apoio necessário. A abertura para discutir o tema ajuda-nos a valorizar a vida e os momentos especiais com aqueles que amamos. O luto é um processo complexo e individual, variando em intensidade e duração conforme o contexto da perda e as características pessoais. Permitir a expressão de emoções e sentimentos negativos é fundamental para que as reações naturais ao luto não sejam consideradas “anormais”.
O apoio aos enlutados deve ser sensível e abrangente, considerando culturas, crenças e contextos familiares. É essencial evitar equívocos como negar os sentimentos ou apressar o processo de luto. Criar espaços onde as pessoas possam compartilhar suas dores e experiências pode aliviar o sofrimento e facilitar a adaptação à nova realidade. O processo de elaboração do luto envolve a diminuição gradual do sofrimento e a retomada do interesse pela vida, sendo vital que os enlutados encontrem apoio efetivo durante essa jornada.
Evitar clichês e frases feitas, como “ele está em um lugar melhor”, é importante. Em vez disso, expressões genuínas de condolências e apoio são mais reconfortantes. Respeitar o tempo de cada pessoa para lidar com a perda é essencial, sem pressionar por uma recuperação rápida.
Incentive a busca por ajuda profissional, como terapeutas ou grupos de apoio especializados, sem estigmatizar a decisão de buscar ajuda. Mantenha contato regular, oferecendo apoio contínuo mesmo após o período imediato da perda, verificando como a pessoa está se sentindo com o passar do tempo. Seguindo esses passos, você pode ajudar a criar um ambiente de suporte e compreensão, facilitando o processo de luto e a adaptação à nova realidade.
Texto: SEQVT
Edição: Mirela Lopes