A celebração do Dia Internacional da Felicidade no dia 20 de março começou na Ásia e desde 2012 é comemorada em todo o mundo. Este dia está relacionado à Felicidade Interna Bruta (FIB), um índice inicialmente mensurado pelo Reino do Butão (região do Himalaia), que considera o tripé economia, bem-estar social e preservação ambiental como variáveis importantes para o desenvolvimento de uma nação.
O Relatório Mundial da Felicidade é feito por meio de um cálculo multifatorial que inclui a avaliação de aspectos, como a relação PIB per capita, a expectativa de vida no nascimento, a existência de uma rede social de apoio diante de adversidades, a confiança no governo e nas organizações, a liberdade para fazer escolhas, a generosidade e a avaliação subjetiva da própria felicidade. As fontes são do Banco Mundial, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Gallup World Poll. Há um ranking dos países mais felizes, e a título de curiosidade, em 2022, o Brasil estava na posição 38º de 146 países. Neste ano de 2023, o Brasil caiu para a posição 49ª de 109 países. A Finlândia mantém a liderança do ranking.
A FIB é uma integração dos desenvolvimentos material, espiritual e cultural dos indivíduos. Ela se baseia em nove variáveis:
- bem-estar psicológico (autoestima, estresse, etc.);
- saúde (políticas de saúde, hábitos que melhoram ou prejudicam a saúde);
- uso do tempo (tempo utilizado para o lazer, família, amigos, etc.);
- vitalidade comunitária (nível de interacionismo com a sociedade em geral);
- educação;
- cultura (festas, oportunidade de desenvolver atividades artísticas, etc.);
- meio ambiente (percepção da população em relação à qualidade do ar e da água, acesso a parques e áreas verdes);
- governança (representação social da população em órgãos públicos nas esferas do executivo, legislativo e judiciário; postura como cidadão); e
- padrão de vida (renda familiar, dívidas, qualidade de moradia, etc.).
A partir de um encontro da ONU, esse conceito foi amplamente divulgado, e foi ressaltada a relevância da felicidade como aspiração internacional e prioridade em planejamentos estratégicos, buscando a erradicação da pobreza e da desigualdade como forma de contribuir com o aumento da felicidade.
Sendo assim, a felicidade e o bem-estar devem compor as metas e as políticas públicas internacionalmente, visto que fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e, portanto, devem orientar o crescimento econômico por meio de ações cada vez mais inclusivas, equitativas e equilibradas.
Segundo a estudiosa do assunto, Carla Furtado, do Instituto Feliciência: “a forma de abordar a felicidade enquanto direito humano é conhecer e atuar nas causas de sofrimento. Portanto, o que a ONU nos entrega é uma bússola para orientar as ações sociais.”
Quer saber mais sobre o Relatório Mundial da Felicidade 2023? Carla Furtado fez uma aula gratuita pelo link do YouTube.
CQVT