Hoje, 11 de setembro, é celebrado o Dia do Cerrado, que é o segundo maior bioma brasileiro e a savana mais biodiversa do mundo. O bioma abrange mais de 20% do território nacional, estendendo-se por 14 estados e pelo Distrito Federal. Além disso, é reconhecido como um dos maiores hotspots de biodiversidade do mundo.
No momento, a situação do Cerrado brasileiro é delicada, pois atingiu novo recorde de destruição. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), embora os alertas de desmatamento na Amazônia tenham diminuído, o Cerrado manteve a tendência de alta apresentada no segundo semestre do ano de 2022, registrando o aumento de 16,5% em comparação ao segundo semestre de 2021.
A maior parte dos alertas registrados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER), do INPE, ocorreu na região do Matopiba, – que divide Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, – e é também a maior fronteira agrícola do país, o que reforça o protagonismo do agronegócio como maior devastador do bioma.
Segundo matéria publicada pela Agência Brasil, o código florestal é um dos principais entraves para preservação do bioma, porque “permite uma ampla redução das áreas de Cerrado de até 80% da vegetação nativa nas propriedades rurais. Ao contrário da Amazônia, em que o desmatamento legal permitido é de 20%”. A região cerratense, tem sido usada até mesmo como um bioma de sacrifício em prol da preservação da Amazônia.
Neste Dia do Cerrado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), destaca a importância do bioma não só para as comunidades e os povos tradicionais do Cerrado, como também para o funcionamento de todos os outros ecossistemas do país, afinal o bioma é também o berço das águas do Brasil. Sem Cerrado não há Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e tampouco Amazônia.