Ontem, 28 de abril, o Brasil celebrou o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, uma data designada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em memória das vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao ambiente de trabalho. A data, marca as ações do “Abril Verde”, campanha que busca conscientizar e engajar a sociedade em medidas que asseguram a segurança e a saúde no ambiente de trabalho.
O adoecimento ocupacional engloba alterações biológicas ou funcionais, sejam físicas ou mentais, resultantes das atividades laborais. Tais condições podem surgir devido à exposição a diversos riscos ambientais, como agentes químicos, físicos e biológicos, ou ainda devido a questões organizacionais que resultam em sobrecarga física ou mental.
No âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), diversas iniciativas são implementadas visando a segurança e saúde de todos. Apesar do contexto de trabalho ser predominantemente administrativo, ainda há questões relevantes a serem consideradas em cada frente.
No que diz respeito à saúde mental, o CNJ fornece materiais informativos e práticos para prevenir problemas de sobrecarga e estresse. Entre essas iniciativas, destaca-se o atendimento psicossocial feito pelo Setor de Qualidade de Vida e Atenção Psicossocial (SEQVT), uma prática de acolhimento eficiente que busca apoiar os trabalhadores em situações de insegurança psíquica e no gerenciamento e na liderança de equipes.
Em relação ao adoecimento físico, também são tomadas medidas, como a inclusão de material de conscientização sobre ergonomia e a promoção da prática de ginástica laboral para evitar lesões causadas por esforço repetitivo e algumas doenças ocupacionais.
Observa-se claramente, dentro do contexto físico, como as condições de trabalho são favoráveis. No que se refere à abordagem química, apesar de parecer distante, o órgão promove diversas ações de combate a doenças, vírus e agentes transmissores, como as campanhas de vacinação contra a H1N1 e de combate à dengue.
Rodrigo Bonna Nogueira, coordenador de infraestrutura, explica questões de segurança e saúde que são alvo de preocupação do CNJ:
“Quando se trata de saúde e segurança do trabalhador, logo se remete à disciplina científica da Ergonomia. Esse campo do conhecimento abarca os aspectos que podem influenciar a produtividade, a segurança, o conforto e o bem-estar no ambiente de trabalho. Para tanto, no âmbito da infraestrutura dos edifícios sob responsabilidade do CNJ, há a constante preocupação com a adequação de seus espaços interiores, mobiliário e equipamentos. Busca-se seguir, portanto, os parâmetros definidos por normas técnicas, as quais ajudam a evitar os tão conhecidos riscos ergonômicos e doenças associadas ao trabalho. Esses os são fatores que causam distúrbios psicológicos e fisiológicos que afetam a integridade física e mental das pessoas. Para nossa realidade, de ambientes de escritórios, vale citar o burnout, a ansiedade e as tão comuns Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), responsáveis por afastamentos dos trabalhadores”.
Texto: SEQVT e Comunicação Interna