O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou, na noite da terça-feira (11/2), a solenidade de descerramento da placa que oficializa o edifício atual como a sede definitiva do Conselho. A celebração, que foi conduzida pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, abre as comemorações pelos 20 anos de existência do órgão.
Durante a abertura do evento, Luís Roberto Barroso relembrou o contexto que antecedeu a criação do CNJ. “Havia uma proposta de reforma do Judiciário que já estava completando ‘bodas de prata’ no Congresso Nacional, mas não avançava. O ministro Márcio Tomás Bastos, à época ministro da Justiça, constituiu uma comissão da qual tive a honra de fazer parte, cujo papel era selecionar os pontos que achávamos que mereciam ser tirados do bolo para fins de aprovação. Entre as medidas, estava a criação do Conselho Nacional de Justiça, que enfrentava grande reação dentro do próprio Judiciário”, contou Barroso.
O ministro também destacou a importância do CNJ para o Sistema Judiciário e para a sociedade brasileira. “Felizmente, o Conselho foi efetivamente criado e, ao longo desses 20 anos, tem prestado serviços relevantes à sociedade e ao Judiciário brasileiro em termos de coletar dados para que as políticas públicas sejam definidas adequadamente e, apenas circunstancialmente, para desempenhar seu papel correicional”, completou.
Durante a cerimônia, o ministro Luís Roberto Barroso fez questão de destacar a importância da colaboração entre diversas instituições para a aquisição da nova sede do Conselho Nacional de Justiça. “Essa conquista só foi possível graças à gestão eficiente dos recursos da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal, que viabilizaram o crédito especial necessário para a compra do edifício”, afirmou Barroso. Ele também expressou sua gratidão aos ministros Aloysio Corrêa, Lelio Bentes Corrêa, Herman Benjamin e Maria Thereza de Assis Moura pelo apoio fundamental. Além disso, agradeceu ao Congresso Nacional, representado pelos senadores Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco, e pelos deputados Hugo Motta, Arthur Lira e Murillo Gouvêa, relator do projeto de lei. O ministro também reconheceu o papel do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Secretário Especial de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza, que aprovaram e sancionaram o projeto de forma célere.
Exposição
Além do descerramento da placa, a cerimônia também contou com a inauguração de uma exposição inédita que retrata a história das diferentes sedes que abrigaram o CNJ ao longo de sua trajetória. A mostra ilustra os marcos históricos e a evolução institucional do órgão.
Com a celebração de seus 20 anos, o CNJ reafirma seu compromisso com o aprimoramento da governança judicial e a garantia da prestação jurisdicional de qualidade. A oficialização da nova sede e a inauguração da exposição são os primeiros passos de ações que marcarão a celebração das duas décadas de Conselho Nacional de Justiça ao longo do ano. Em um momento de reflexão sobre sua história e conquistas, o CNJ se projeta para o futuro, mantendo o foco em aprimorar o sistema de justiça e em promover um Judiciário mais acessível e eficiente para os cidadãos brasileiros.
O evento contou com a presença de autoridades que auxiliaram na aquisição do prédio, realizada em dezembro de 2024. Entre os presentes, estavam o ministro do STF Dias Toffoli; o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Aloysio Corrêa; o corregedor nacional de justiça, Mauro Campbell; a secretária-geral do CNJ, Adriana Cruz; o diretor-geral do CNJ, Johaness Eck; e a assessora-chefe da presidência do CNJ, Leila Mascarenhas.
Texto: Thaís Oliveira
Edição: Mirela Lopes
Comunicação Interna
