Fux é parabenizado no CNJ por 40 anos de atuação na magistratura

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Foto: Rômulo Serpa/CNJ
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O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, foi homenageado nessa terça-feira (21/6), durante a 353ª Sessão Ordinária, por seus 40 anos dedicados à magistratura. A homenagem foi iniciada pelo conselheiro e ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Vieira de Mello Filho, que contou parte da trajetória exitosa da vida profissional do ministro. “A vida é cheia de incertezas com ilhas de certezas e vossa excelência é um exemplo de incertezas que se tornaram certezas.”

Descendente de família de origem judaica, exilada da 2ª Guerra Mundial, Fux estudou no Colégio Pedro II, cursou a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), ingressou no Ministério Público em 1979 e, em 1982, deixou a promotoria para iniciar a carreira de juiz, por meio de concurso. “Posteriormente tornou-se desembargador, depois ministro, até se tornar presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ. Uma trajetória de sacrifício, dedicação, talento e amor à profissão”, completou Vieira de Mello.

O presidente se emocionou ao lembrar do início da carreira jurídica como advogado. Aos 22 anos, seu pai não deixou que ele fosse trabalhar no exterior. Na época, Fux era o mais novo advogado da empresa Shell. “O salário era excelente, eu era muito novo, aquilo era muito especial para mim. A empresa veio com o convite e eu fiquei entusiasmado. Mas, ao contar para o meu pai, e eu sempre fiz questão de agradar o meu pai, ele me olhou duro e disse que eu não iria porque tinha o dever de retribuir, ao Brasil, a recepção que a família recebeu: você vai devolver o que o Brasil fez por nós.”

Fux foi juiz de Direito de 1983 a 1997, quando foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Em 2001, foi indicado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) onde ficou até 2011, quando a presidente Dilma Rousseff indicou seu nome ao STF. Em 2020, o ministro Luiz Fux assumiu a Presidência do CNJ, com prioridade na defesa dos direitos humanos e do acesso à Justiça, por meio da revolução digital tecnológica.

O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Brasil) Daniel Blume Pereira de Almeida agradeceu ao ministro Fux “pelos 40 anos de superação transformando adversidades em serviço à magistratura brasileira” e citou uma frase escrita pela contista Cora Coralina para exemplificar a força da história de vida do presidente. “’Aceitei contradições, lutas e pedras como lições e delas me sirvo’ poderia ter sido dito pelo ministro e professor Luiz Fux, que veio de uma família perseguida de um dos povos mais sofridos da humanidade e, hoje, batiza o Código de Processo Civil com seu nome – o Código Fux –, personificando, na própria história, a Justiça”, referindo-se ao trabalho de liderança na atualização do CPC, em 2015.

“Sua história familiar é de fato um exemplo, porque demonstra sua capacidade extraordinária de superação de todas as barreiras e dificuldades. Quarenta anos é muito tempo de dedicação à Justiça de nosso país. É uma honra e um privilégio conviver com Vossa Excelência, aprender suas lições nos livros, mas, principalmente, no exemplo que sempre serviu, para mim, como bússola orientadora na minha luta, esforçada, pela Justiça”, afirmou o subprocurador-geral da República, Alcides Martins.

Texto: Regina Bandeira
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias

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