Detenta da oficina de costura do Talavera Bruce ganha liberdade condicional no mutirão do RJ

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Uma das detentas que trabalhou na oficina de costura do presídio, visitada nesta quarta-feira (11/03) pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, foi beneficiada com liberdade condicional na véspera (10/03) pelo mutirão que se realiza na penitenciária Talavera Bruce, no Rio de Janeiro. Bárbara, 21 anos, trabalhou com costura e na fábrica de fraldas durante os três anos de prisão. Ela deixou o presídio no mesmo dia da concessão do benefício, após ter ficado presa durante três anos por assalto a mão armada.“Apareceu um negócio envolvendo muito dinheiro e eu meti a cara”, explica se referindo ao crime no qual se envolveu. Em liberdade condicional, agora pretende terminar os estudos e se tornar arquiteta.

 Na fábrica de uniformes confeccionados pelas internas do presídio Talavera Bruce, no Rio de Janeiro, as presas recebem um salário mínimo mensal pelo serviço prestado.Cerca de 60 mulheres trabalham na oficina, que conta com 85 máquinas industriais.

 A penitenciária também possui uma padaria que produz cerca de oito mil pães diariamente para o café da manhã dos presos e dos guardas. Atualmente quatro internas trabalham na produção, e outras quatro estão participando do curso de formação.

 A detenta Any Mary Cyrilo, que está na oficina há mais de dois anos, já sonha em montar uma padaria quando ganhar liberdade. “Vou comprar um forno e começar a produção já em casa”, diz. Ela foi uma das beneficiadas pelo mutirão do CNJ com progressão de pena para regime semi-aberto, depois de passar oito anos encarcerada. Com o benefício, Any já tem vaga garantida em outra padaria do Complexo, a do Presídio de Vicente Piragibe, que produz cerca de 4.700 pães diários.       

 

MB/SR

Agência CNJ de Notícias