A campanha Conte até 10, lançada pelo Conselho Nacional Ministério Público (CNMP) em novembro do ano passado, foi o tema da palestra da assessora de Comunicação do órgão, Cláudia Lemos, no Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Encomendada pela Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), a campanha tem o objetivo de sensibilizar a sociedade quanto os altos índices de homicídio por motivos fúteis, identificados pelos órgãos de segurança brasileiros.
A campanha Conte até 10 tem a participação de atletas famosos, passando mensagem de paz e de não reação em situações de possível violência. A ideia é mostrar que cabe luta somente na prática esportiva, nunca por impulso, colocando em risco a própria vida e/ou a vida de terceiros. A campanha é estrelada por dois renomados lutadores do Ultimate Fighting Championship (UFC), os campeões mundiais Anderson Silva (peso-médio) e Júnior Cigano (peso-pesado), e pelos judocas Sarah Menezes, campeã olímpica em 2012, e Leandro Guilheiro, duas vezes campeão olímpico.
“Foram mais de nove meses de trabalho, desde a concepção, o conceito da campanha, a licitação das agências de publicidade e a produção do material. Foi um longo trabalho e o resultado superou até as nossas expectativas”, contou Cláudia Lemos. Veja o link de um dos vídeos.
O custo total da campanha foi de R$ 518 mil reais, entre produção de VTs (três), jingles (quatro), produção de cartazes, adesivos e banners, produção de games (cinco) e mídia em pontos de ônibus. Os atletas não cobraram cachê e a veiculação da campanha nas emissoras de TV e rádio também foi gratuita. “A mensagem tem um apelo social tão grande que foi muito bem aceita pelos veículos de comunicação. Todo mundo topava participar”, explicou a assessora de Comunicação do CNMP.
Desdobramentos – Cláudia Lemos explicou que a campanha Conte até 10 segue agora para a segunda fase, que consiste na parceria com Secretarias Estaduais de Educação. “A ideia é debater o tema também nas escolas e incorporar os games desenvolvidos especialmente para a campanha às práticas didáticas”, explicou.
Waleiska Fernandes
Agência CNJ de Notícias