Barroso afirma que tentativa de golpe representa uma desonra para o país

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Ministro Barroso classificou as notícias de tentativa de golpe como "estarrecedoras". Foto: Luiz Silveira/Ag. CNJ
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O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o golpismo, o atentado contra as instituições e contra os agentes públicos que as integram nada têm a ver com ideologia ou com opções políticas. Para ele, a situação representa a “expressão de um sentimento antidemocrático e do desrespeito ao Estado de Direito. Nós estamos falando de crimes previstos no Código Penal”, disse o ministro durante o a 15.ª Sessão Ordinária do CNJ, realizada nesta terça-feira (19/11).

O ministro classificou as notícias sobre a tentativa de golpe planejada no Brasil após as últimas eleições presidenciais, em 2022, como “estarrecedoras”. “As investigações estão em curso e é preciso aguardar a sua evolução. Mas tudo sugere que estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável”, afirmou.

Barroso afirmou ainda que o país já superou os ciclos do atraso, “mas é preciso empurrar para a margem da história comportamentos como esses que estão sendo noticiados pela imprensa, que são uma desonra para o país”.

Na avaliação do ministro, é um alento saber que as instituições republicanas estão funcionando bem e harmonicamente, como deve ser em uma democracia. “A investigação está sendo conduzida com muita seriedade pela Polícia Federal. Temos uma Procuradoria-Geral da República independente e o Poder Judiciário vai julgar conforme as leis e a Constituição”. concluiu.

A subprocuradora-geral da República Paula Bajer manifestou apoio ao Poder Judiciário e às palavras do presidente Luís Roberto Barroso. “Fui procuradora eleitoral nas eleições de 2022 e sou testemunha de toda a correção do processo eleitoral. Estou estarrecida que estivemos muito perto de um golpe de Estado. As instituições e a lei são capazes de reagir a todas essas tentativas de violência”, assinalou.

Texto: Rafael Paixão
Edição: Lenir Camimura
Agência CNJ de Notícias