Adoção não pode ser rápida como uma compra”, diz corregedora

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A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, destacou hoje (27/6) que o Judiciário vive um processo de mudança cultural quando lida com os problemas da infância e da juventude.  Ao participar na manhã desta quarta-feira do programa de TV Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, a ministra falou do esforço da Justiça para uniformizar os procedimentos para adoção de crianças no Brasil. “Isso nunca foi problema da Justiça, era considerado problema social. Temos uma mudança de cultura dentro do Poder Judiciário de que isso é uma coisa da Justiça também”, assinalou.

A ministra destacou a importância do Cadastro Nacional de Adoção, que  reúne as informações das crianças que podem ser adotadas e dos pretendentes  à adoção. A corregedora reconheceu dificuldades no preenchimento do cadastro e também na estrutura das Varas de Infância e Juventude em todo o país. “Estamos em débito. As varas de infância devem ser mais bem estruturadas. Precisamos de varas com assistente social, médico e psicólogo”, acrescentou.

No debate promovido pelo programa, a ministra assinalou que a Justiça está atenta aos direitos e necessidades das crianças a serem adotadas e respondeu aos questionamentos sobre a demora no processo de adoção. “O processo de adoção não pode ser rápido, como quem vai numa loja e compra uma mercadoria. É preciso que o casal amadureça, pois o grande problema dessas crianças é a devolução”, assinalou.

Agência CNJ de Notícias